Durante a Conferência do Clima (COP 28) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos/TO) destacou a importância de buscar um equilíbrio entre preservação ambiental e desenvolvimento social e econômico.
Ayres ressaltou a urgência da proteção ambiental, mas destacou que isso não deve comprometer a qualidade de vida das populações mais vulneráveis. Ele criticou os países desenvolvidos por não cumprirem os acordos e financiamentos climáticos estabelecidos.
“É crucial reconhecer a importância da preservação ambiental como uma questão urgente e essencial para o nosso futuro. Contudo, a chave para um equilíbrio efetivo está na inovação, na educação e na colaboração entre governos, empresas e comunidades. Isso implica a criação de políticas e práticas que protejam o meio ambiente e, ao mesmo tempo, proporcionem oportunidades para as pessoas melhorarem suas vidas de forma sustentável”, afirmou o deputado.
Responsabilidade dos mais ricos
Ayres fez um apelo aos países desenvolvidos, criticando especialmente os Estados Unidos por sua postura em relação aos países emergentes em questões ambientais. “Enquanto reconhecemos a urgência da preservação ambiental, é crucial que os países desenvolvidos, como os Estados Unidos, deixem de lado o discurso que culpa os países emergentes por todos os males ambientais”, afirmou. Ele ressaltou que muitas nações desenvolvidas falham em cumprir seus próprios compromissos internacionais de preservação e sustentabilidade, como o Protocolo de Kyoto, o Acordo de Paris e os financiamentos climáticos.
“De acordo com dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os países desenvolvidos não cumpriram a promessa de empenhar US$100 bilhões por ano a partir de 2020 para ajudar as nações pobres a reduzirem emissões e se prepararem para os efeitos do aquecimento global”, disse o deputado. Ele destacou ainda que, infelizmente, apenas 8% desse financiamento climático prometido foi realmente efetivado.
O deputado enfatizou que a responsabilidade desses países vai além da redução de suas próprias emissões, incluindo a cooperação financeira com nações em desenvolvimento. “Eles devem cooperar, principalmente financeiramente, com os países mais pobres, ajudando-os a superarem desafios ambientais e sociais”, concluiu Ayres.
Decisões
A COP 28 tem sido palco de decisões financeiras significativas, incluindo a destinação de aproximadamente US$420 milhões para apoiar países afetados pelo aquecimento global. Este fundo será composto por contribuições de várias nações, incluindo 246 milhões de dólares da União Europeia, US$100 milhões dos Emirados Árabes Unidos e 17,5 milhões de dólares dos Estados Unidos.
Com Informações da Assessoria de Imprensa
Foto: Vinicius Rocha/Ascom/Divulgação