COP 28: o que está em causa, quem são os protagonistas e o que vai ser discutido

Na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas voltam os alertas sobre o que se deve fazer para reduzir o impacto das alterações climáticas. Expectativas são baixas.

“A fasquia é simplesmente muito alta, não porque queiramos, mas porque os cientistas nos dizem que sim”, disse Wopke Hoekstra, comissário europeu para a Ação Climática, à Euronews, depois de ter apresentado ao Parlamento Europeu, em Bruxelas, terça-feira, as propostas que vai fazer na COP 28.

“Por isso, enquanto comunidade global, temos de conseguir resultados em matéria de mitigação, de redução das emissões poluentes, de garantir que as emissões atinjam o seu pico em 2025, de estabelecer um objetivo credível de triplicação do uso das energias renováveis, de eficiência energética e de eliminação do metano”, explicou.

O executivo comunitário destaca a realização do primeiro “Balanço Global”, que vai avaliar o que já foi feito desde o Acordo de Paris, em 2015, e de como continuar a trabalhar para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C, a nível global.

O “Balanço Global” fará o que a expressão implica, um balanço sobre o ponto em que estamos. Mas o mais importante é saber como avançar. E a realidade é que estamos na boa direção, mas precisamos avançar mais depressa, precisamos fazer mais enquanto avançamos. Por isso, o balanço é aqui também equivalente a uma maior ambição e ao fato de os países se comprometerem a fazer mais”, disse o comissário.

Mais financiamento, sobretudo para os países menos desenvolvidos

Os Estados-membros da UE e outros países mais desenvolvidos deverão ser pressionados sobre a questão do financiamento da ação climática, incluindo do novo fundo de perdas e danos que visa custear as reparações de catástrofes naturais relacionadas com as alterações climáticas.

Subsistem dúvidas sobre a lista de países que contribuirão para o fundo, sendo que para os países em desenvolvimento são já necessários, pelo menos, um bilhão de euros por ano.

“Temos trabalhado, incansavelmente, no seio da UE, para ver como podemos conseguir mais financiamento para as perdas e danos e estou mais otimista do que há duas semanas em relação a este elemento crucial. Garantir o financiamento adequado é uma parte muito importante para criar confiança”, disse Wopke Hoekstra.

Um tema complexo na negociação é a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis, incluindo acabar com os subsídios estatais que muitos países ainda concedem a essa produção de energia, prejudicando a transição para as fontes renováveis e sustentáveis.

A UE quer atingir a neutralidade das suas emissões poluentes até 2050.

Fonte: euronews.pt

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