O Presidente de Israel, Isaac Herzog, disse esta quarta-feira apoiar o acordo assinado com o movimento islamita Hamas para uma trégua de quatro dias, que prevê a libertação de reféns em Gaza e de prisioneiros palestinianos.
“As reservas são compreensíveis, dolorosas e difíceis, mas dadas as circunstâncias apoio a decisão do primeiro-ministro [Benjamin Netanyahu] e do Governo de continuar com o acordo de libertação de reféns”, disse Herzog.
Numa nota publicada na rede social X (antigo Twitter), o chefe de Estado disse esperar que o acordo “seja o primeiro passo para devolver todos os reféns a casa”.
“O Estado de Israel, o exército e as forças de segurança continuarão a agir por todos os meios para atingir este objetivo, juntamente com o regresso da segurança absoluta para os cidadãos de Israel”, acrescentou Herzog.
Os presidentes da Comissão Europeia, do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu saudaram esta quarta-feira o acordo sobre a anunciada trégua em Gaza e a libertação dos reféns indicando que a pausa deve ser aproveitada para “intensificar” a ajuda humanitária.
“A Comissão Europeia fará todo o possível para aproveitar esta pausa para uma onda humanitária para Gaza”, disse a presidente da Comissão Europeia, Úrsula Von der Leyen, em comunicado, adiantando que pediu ao seu comissário para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, que intensificasse os envios de ajuda e o “mais rápido possível para aliviar a crise humanitária”.
Ursula von der Leyen saudou também com “grande satisfação” o acordo alcançado para a libertação de 50 reféns e a pausa nas hostilidades.
“Cada dia que estas mães e crianças são mantidas reféns por terroristas é demais. Partilho a alegria das famílias que em breve poderão voltar a abraçar os seus entes queridos”, acrescentou Von der Leyen.
A presidente da Comissão Europeia disse estar também “muito grata a todos aqueles que trabalharam incansavelmente através dos canais diplomáticos nas últimas semanas para negociar este acordo” e apelou ao Hamas para “libertar imediatamente todos os reféns e permitir-lhes regressar a casa em segurança”.
Também os presidentes do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, e do Conselho Europeu, Charles Michel, manifestaram a sua satisfação com o acordo para uma pausa humanitária nas hostilidades em Gaza e a libertação dos reféns.
O movimento islamita Hamas saudou hoje o acordo de “trégua humanitária” aprovado pelo Governo de Israel, que prevê a libertação de reféns na Faixa de Gaza em troca da libertação de prisioneiros palestinianos.
“As disposições deste acordo foram formuladas de acordo com a visão de resistência e determinação que visa servir o nosso povo e fortalecer a sua tenacidade face à agressão”, afirmou o Hamas.
“Confirmamos que as nossas mãos continuarão no gatilho e que os nossos batalhões triunfantes continuarão atentos”, alertou o grupo, num comunicado.
O Governo israelita aceitou na terça-feira o acordo com o Hamas para uma trégua de quatro dias.
Fonte: Lusa