Israel aceita acordo com Hamas para trégua e libertação de reféns

Tel aviv declarou guerra ao Hamas depois de o grupo islamita ter lançado um ataque contra Israel a 7 de outubro, no qual morreram mais de 1.200 pessoas e 240 foram raptadas. Como resposta, as forças israelitas levaram a cabo uma ofensiva contra a Faixa de Gaza, que causou milhares de mortos.

O Presidente de Israel, Isaac Herzog, disse esta quarta-feira apoiar o acordo assinado com o movimento islamita Hamas para uma trégua de quatro dias, que prevê a libertação de reféns em Gaza e de prisioneiros palestinianos.

“As reservas são compreensíveis, dolorosas e difíceis, mas dadas as circunstâncias apoio a decisão do primeiro-ministro [Benjamin Netanyahu] e do Governo de continuar com o acordo de libertação de reféns”, disse Herzog.

Numa nota publicada na rede social X (antigo Twitter), o chefe de Estado disse esperar que o acordo “seja o primeiro passo para devolver todos os reféns a casa”.

“O Estado de Israel, o exército e as forças de segurança continuarão a agir por todos os meios para atingir este objetivo, juntamente com o regresso da segurança absoluta para os cidadãos de Israel”, acrescentou Herzog.

Os presidentes da Comissão Europeia, do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu saudaram esta quarta-feira o acordo sobre a anunciada trégua em Gaza e a libertação dos reféns indicando que a pausa deve ser aproveitada para “intensificar” a ajuda humanitária.

“A Comissão Europeia fará todo o possível para aproveitar esta pausa para uma onda humanitária para Gaza”, disse a presidente da Comissão Europeia, Úrsula Von der Leyen, em comunicado, adiantando que pediu ao seu comissário para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, que intensificasse os envios de ajuda e o “mais rápido possível para aliviar a crise humanitária”.

Ursula von der Leyen saudou também com “grande satisfação” o acordo alcançado para a libertação de 50 reféns e a pausa nas hostilidades.

“Cada dia que estas mães e crianças são mantidas reféns por terroristas é demais. Partilho a alegria das famílias que em breve poderão voltar a abraçar os seus entes queridos”, acrescentou Von der Leyen.

A presidente da Comissão Europeia disse estar também “muito grata a todos aqueles que trabalharam incansavelmente através dos canais diplomáticos nas últimas semanas para negociar este acordo” e apelou ao Hamas para “libertar imediatamente todos os reféns e permitir-lhes regressar a casa em segurança”.

Também os presidentes do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, e do Conselho Europeu, Charles Michel, manifestaram a sua satisfação com o acordo para uma pausa humanitária nas hostilidades em Gaza e a libertação dos reféns.

O movimento islamita Hamas saudou hoje o acordo de “trégua humanitária” aprovado pelo Governo de Israel, que prevê a libertação de reféns na Faixa de Gaza em troca da libertação de prisioneiros palestinianos.

“As disposições deste acordo foram formuladas de acordo com a visão de resistência e determinação que visa servir o nosso povo e fortalecer a sua tenacidade face à agressão”, afirmou o Hamas.

“Confirmamos que as nossas mãos continuarão no gatilho e que os nossos batalhões triunfantes continuarão atentos”, alertou o grupo, num comunicado.

O Governo israelita aceitou na terça-feira o acordo com o Hamas para uma trégua de quatro dias.

Fonte: Lusa

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