Exército israelita acusa Hamas de utilizar crianças e mulheres como escudos

A Autoridade Nacional Palestina questionou a versão de Tel aviv sobre o ataque do grupo islamita Hamas em 7 de outubro, após uma investigação jornalística indicar que a Força Aérea israelita matou pessoas em território israelita por erro.

As forças armadas israelitas (IDF) acusaram hoje os combatentes do movimento islamita Hamas de utilizarem crianças e mulheres como escudos e de se esconderem em áreas civis em Gaza, como hospitais, escolas e jardins-de-infância.

“Durante os últimos dias de combate da 36.ª Divisão em Zaytun, encontramos constantemente um inimigo escondido atrás de crianças, mulheres e infraestrutura civil”, destacou o comandante desta divisão, Dado Bar Kalifa, citado num comunicado das IDF.

Kalifa sublinhou que os militares israelitas estão a operar “numa complexa zona de guerra em uma área urbana” e que “expuseram terroristas que estavam escondidos em áreas civis e eliminaram muitos terroristas”.

O Hamas frisou hoje que ainda não há acordo para a libertação dos reféns detidos pelo grupo islamita em Gaza, acusando o primeiro-ministro israelita de atrasar o processo e mentir, de acordo com um portal pró-palestiniano Gaza Now.

Azzat Al-Rashq, membro do gabinete político do Hamas, citado pelo portal pró-palestiniano, sublinhou que o acordo para a troca de prisioneiros ainda não está finalizado, depois do Presidente dos Estados Unidos Joe Biden ter referido hoje que a finalização do processo estava para breve.

O responsável palestiniano acusou o chefe do Governo israelita, Benjamin Netanyahu, de “estar a atrasar o acordo de troca de prisioneiros” e de “mentir a todas as partes”.

Cerca de uma centena de doentes foram hoje retirados do hospital indonésio de Gaza, bombardeado esta manhã por Israel, operação feita em conjunto com o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), anunciou o Ministério da Saúde do Hamas.

“Ainda há 500 pacientes no hospital e estamos a trabalhar com o CICV para os levar para o hospital Nasser, em Khan Younes”, no sul da Faixa de Gaza, afirmou o porta-voz do Ministério da Saúde do grupo islamita, Ashraf al-Qidreh.

“Outros 100 pacientes serão retirados durante a noite e depois distribuídos por diferentes hospitais no sul”, acrescentou.

De acordo com a mesma fonte, o ataque ao hospital indonésio, localizado perto de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, matou pelo menos 12 pessoas e causou numerosos feridos.

As forças israelitas atacaram vários hospitais nas últimas semanas, argumentando que militantes do Hamas se escondiam nessas instalações, embora o mais relevante tenha sido o cerco ao hospital al-Shifa na última semana, o maior da Faixa de Gaza.

Israel alegou que o Hamas tinha o seu principal centro de comando na cave daquele hospital e no domingo apresentou provas que alegadamente apoiam essa tese, mostrando 55 metros de um túnel subterrâneo fortificado.

Fonte:Lusa

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