O Ministério da Defesa britânico adiantou neste sábado que a chegada do inverno está dificultando os avanços quer das forças ucranianas, quer das forças russas no leste da Ucrânia.
“À medida que o inverno se intensifica no leste da Ucrânia há poucas perspectivas de grandes mudanças naquela frente”, referiu o Ministério da Defesa no relatório que divulga diariamente.
De qualquer forma, Londres destacou os “intensos combates terrestres” que continuam acontecendo nas regiões de Kupiansk, Avdiivka e na margem esquerda do rio Dnipro, onde os ucranianos conseguiram estabelecer uma linha de defesa.
As tropas ucranianas disseram ter conseguido expulsar as forças russas posicionadas naquela margem do rio, representando um “pequeno, mas significativo avanço estratégico”.
Como resposta, os militares russos usaram “aviação tática”, incluindo drones explosivos, para tentar imobilizar as tropas ucranianas.
As forças armadas ucranianas revelaram que as suas tropas afastaram 12 ataques do exército russo entre sexta-feira e hoje.
O rio é uma linha divisória natural ao longo da frente de batalha. Desde que se retiraram da cidade de Kherson e recuaram através do Dnipro, as forças russas têm bombardeado comunidades no lado do rio controlado pelos ucranianos para impedir que os soldados de Kiev avancem em direção à Crimeia, anexada pela Rússia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 20 meses um elevado número de vítimas não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.
A invasão – justificada por Putin com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição de sanções políticas e econômicas para a Rússia.
Fonte: dn.pt