Comportamento: empresários da indústria têxtil investem pesado na moda evangélica

Voltadas para o cuidado com vestes, calçados, cabelo e pele, as mulheres cristãs destacam-se entre as mais belas do Brasil; dentro desse contexto, as indústrias aproveitam para faturar alto com a "vaidade" das irmãs.

Boa parte das mulheres cristãs, adeptas ao segmento evangélico, normalmente tem comportamento bastante diferenciado das demais mulheres, especialmente as que frequentam as igrejas Congregação Cristã no Brasil, Adventistas do Sétimo Dia, Deus é Amor, algumas Assembleias de Deus e Salão do Reino das Testemunhas de Jeová.

O que é conhecido como “usos e costumes” envolve os hábitos de vestir dessas mulheres – indumentárias, adereços, acessórios de moda e modelos de roupas – , o que hoje ganhou a conotação de “moda evangélica”, que já é um segmento grande, considerado pelos profissionais da indústria têxtil – designer de moda ou estilista, personal stylist, produtor de moda, figurinista, visual merchandiser, designer têxtil e coolhunter – como um dos maiores segmentos do mercado do vestuário no Brasil.

Muitos acreditam que a moda evangélica feminina se resume a vestidos e saias longas, blusas de mangas e camisetes e terninhos com saias (estilo aeromoças). Embora boa parte das igrejas tradicionais e conservadoras – como as já citadas – orientem as mulheres a se vestirem dentro de padrões de rigorosa compostura e tradicionalidade, há uma certa abertura no viés da discrição para o uso de vestimentas mais joviais, acompanhadas de alguns acessórios e até mesmo joias, bijuterias e maquiagem leve.

Em 2020, portanto quase quatro anos atrás, uma pesquisa do Datafolha indicou que 31% da população brasileira se declaravam evangélica. Enquanto isso, conforme indicava o estudo do CEM/Cepid, da mesma época, o número de templos passou de 62,8 mil, em 2010, para 109,5 mil em 2019.

Com o crescimento vertiginoso e consistente do número de evangélicos, onde o sexo feminino também aparece em número bastante superior ao do sexo masculino, o mercado da moda viu um grande nicho, com amplas oportunidades de lucro; hoje, em praticamente toda cidade brasileira, tem estabelecimentos que trabalham, com exclusividade, com a moda evangélica feminina.

Calças pantalonas, botas e até chapéus estão entrando na lista dos looks das “irmãs” evangélicas. Bom gosto no vestir, pudor e recato colocam as crentes entre as mulheres mais requintadas, elegantes e chiques nos eventos religiosos e sociais. Por trás desse glamour estão os produtores e lojistas, que abastecem esse segmento sempre com lançamentos, coleções, tendências e exclusividades. Tudo isso gira uma fortuna diariamente para as empresas especializadas na produção de moda exclusiva para o mercado gospel.

Além do vestuário, as mulheres evangélicas também investem nas madeixas; algumas chegam a usar cabelos tão longos que ultrapassam a cintura. Os cuidados com a pele, os cabelos e o vestuário colocam as mulheres cristãs entre as que mais se destacam em se tratando de beleza física genuína, sem excentrismo, sensualidade e exposição das curvas corporais. Mesmo com a modernidade hoje vista em todos os segmentos da sociedade, inclusive o evangélico, e com tantas jovens lindas nas igrejas evangélicas, os promoters ainda não encontraram um caminho para promover o concurso Miss Brasil Evangélica; quem quiser ver desfiles de mulheres evangélicas belas tem que se contentar em ir a cultos, reuniões e encontros de mocidade, congressos de jovens, acampamentos e retiros espirituais.

Fotos: Arquivo, Divulgação e Reprodução

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