“Fraude colossal”. Milei não acredita nas urnas e teme golpe da esquerda

Irmã do candidato apresenta queixa contra a polícia por supostas irregularidades na votação denunciadas por anónimos.

A campanha de Javier Milei apresentou uma queixa contra a gendarmería, polícia argentina, por causa de supostas mudanças nas urnas e na documentação requerida nas atas de escrutínio, de forma a beneficiar o rival Sergio Massa. Exigiu, por isso, mais observadores e representantes de outras forças de segurança no controlo da votação numa queixa em que fala em “fraude colossal”.

Com a campanha eleitoral já encerrada e a pouco mais de um dia do sufrágio, a medida causou perplexidade desde logo no Proposta Republicana (PRO), o partido de Patrícia Bullrich, a terceira mais votada na primeira volta das eleições, fundado por Maurício Macri, presidente argentino de 2015 a 2019.

Segundo o diário La Nación, nenhum dos dois, cujo apoio a Milei nesta segunda volta é visto como decisivo para uma eventual vitória do economista e ex-comentador, sabiam da iniciativa de Karina Milei, a irmã do candidato que decidiu colocar a polícia em xeque. Ela e o advogado Santiago Viola, os subscritores da queixa, disseram que decidiram apresentar queixa após relatos de anónimos.

Aníbal Fernández, ministro da Segurança (e, portanto, colega de governo de Massa), disse, entretanto, que vai apresentar queixa contra Karina Milei e Viola. Agustín Rossi, candidato a vice-presidente de Massa, listou as eleições primárias, da primeira e da segunda voltas nos últimos anos na Argentina e disse “haver mudanças constantes nos vencedores, sinal de que não existe favorecimento a ninguém”. Questionou ainda por qual razão Milei não reclamou depois de vencer as primárias em agosto.

E em editorial, o jornal Clarín, mais vendido do país, escreve que “fraude eleitoral é um dos poucos problemas que a Argentina não tem”.

Fonte: dn.pt

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