Altas temperaturas no planeta preocupam cientistas, autoridades e até religiosos

Os dez meses de 2023, entre janeiro e outubro, já bateram os recordes mundiais de temperatura. No Brasil, em alguns lugares, a sensação térmica ultrapassou os 50ºC, sendo que, no Rio de Janeiro, chegou a 58,5ºC. E, em pleno mês de novembro, o calor ainda persiste em praticamente todo o país.

Cientistas de todo o mundo preveem que 2023 será o ano mais quente da história. Os dez meses deste ano, entre janeiro e outubro, já bateram os recordes mundiais de temperatura dos anos de 1961 e 2016 – períodos mais quentes já registrados por agências meteorológicas ao longo da história da humanidade.

Quais são as causas do aquecimento global? A principal causa do aquecimento global é a intensificação do efeito estufa no mundo, que ocorre por causa do excesso de dióxido de carbono e gás metano, óxido nitroso, hexafluoreto de enxofre, CFC (clorofluorcarboneto) e PFCs (perfluorcarbonetos) na atmosfera.

Nos dias atuais, a temperatura média global é um dos indicadores mais observados pelos cientistas para analisar o aquecimento global. A medição é usada para rastrear mudanças na quantidade de luz solar que o planeta absorve e na quantidade que irradia para o espaço como calor ao longo do tempo. Nas últimas décadas, a preocupação das autoridades com a temperatura média do planeta e o aquecimento global aumentou consideravelmente.

Os fenômenos El Niño são alterações significativas na distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, com grandes alterações no clima. Estes eventos modificam um sistema de temperaturas do oceano Oscilação Sul e, por essa razão, são referidos muitas vezes como ENOS (El Niño Oscilação Sul). Seu papel no aquecimento global é uma área de intensa pesquisa, ainda sem um consenso. Ondas de calor, como as que atingem diversas regiões do Brasil com alta de temperaturas de até 5°C, têm sido reforçadas por um bloqueio de pressão atmosférica pelo El Niño e por mudanças climáticas.

O La Niña é um fenômeno natural que, oposto ao El Niño, consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental. Assim como o El Niño, sua ocorrência gera uma série de mudanças significativas nos padrões de precipitação e temperatura ao redor da terra. Os ventos ascendentes no Pacífico Central e Ocidental, descendentes no oeste da América do Sul, alísios (de leste para oeste) próximos à superfície e de oeste para leste em altos níveis da troposfera correspondem à chamada Célula de Walker, área de constante evaporação que regula o padrão de circulação da convecção originada sobre o oceano. Em situações normais, as águas mais quentes do Pacífico Equatorial Oeste são represadas pela intensificação dos ventos alísios. Com o La Niña, o afloramento aumenta e a termoclina se torna mais rasa a leste do Pacífico, ao mesmo tempo em que as águas quentes são represadas mais a oeste que o normal, alongando a Célula de Walker.

Crise climática

A crise climática é realidade e as tragédias que estão sendo registradas evidenciam que o planeta não está preparado para os impactos dos eventos extremos e, mais do que isso, escancaram o descaso de muitos governantes com a questão do clima e com as pessoas que mais sofrem esses impactos; centenas de famílias em situação de vulnerabilidade estão sofrendo, principalmente com a onda de intenso calor em diversas partes do mundo, especialmente no Brasil, onde nos últimos dias houve diversas cidades em que o calor foi tanto que a sensação térmica chegou a ultrapassar os 58,5ºC graus de temperatura, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). O Rio de Janeiro registrou sensação térmica recorde de 58,5°C na última terça-feira, 14; a marca foi atingida às 09h15 na estação de Guaratiba, zona oeste da cidade, de acordo com o sistema Alerta Rio.

É o maior índice já registrado no município desde que o sistema Alerta Rio, da prefeitura, começou a fazer a medição, em 2014. De acordo com o órgão, a sensação térmica considera em seu cálculo a temperatura do ar e a umidade relativa. A temperatura máxima chegou a 42,5ºC no início da tarde, em Irajá, na zona norte do Rio de Janeiro, enquanto a previsão para aquele dia era de que os termômetros marcassem, no máximo, 39º no estado.

As religiões e o aquecimento global

O tema “Aumento da Temperatura do Planeta”  já vem sendo discutido pelos principais líderes de cada religião, que estão inclusive pedindo a mobilização dos seus fiéis para ajudarem o meio ambiente, bem como se conscientizarem sobre o seu papel com relação ao engajamento e ao uso das respectivas tradições como forma de diminuir a degradação do planeta. O bispo Dom Júlio Endi Akamine, da Encíclica Papal, já se dirigiu às nações, independentemente de credo, e falou sobre “cuidarmos da nossa ‘Casa Comum’ ”, o planeta. Outro aspecto importante levantado por ele é a preocupação com a humanidade, o que chamou de “ecologia humana”. Segundo o bispo, a igreja fala da importância de conservar a natureza, não só pela proximidade de um cataclisma climático, mas por questões de ordem social, principalmente no que diz respeito aos mais pobres.

Mas o Papa Francisco, o sheik árabe, líderes islâmicos, rabinos judeus e grandes líderes evangélicos de inúmeras denominações, em todo o mundo, vêm se manifestando sobre o “Aumento da Temperatura do Planeta Terra”; no entanto, os cristãos recorrem à Bíblia, buscando contextualizar os textos escriturísticos que abordam o assunto.A luz da lua brilhará como o sol, e a luz do sol será sete vezes mais brilhante, como a luz de sete dias completos, quando o Senhor cuidar das contusões do seu povo e curar as feridas que lhe causou(Isaías 30:26). Alguns acreditam que esse texto de Isaías, que fala sobre a luz do sol se tornar sete vezes mais brilhante, pode sim estar se referindo ao aquecimento global. Creem os apologetas, doutores em divindade, cristãos estudiosos das Escrituras Sagradas que o forte aquecimento da terra, com aumento médio superior a 5 graus em 2023, é sem dúvida cumprimento dos prenúncios e indicadores proféticos da Bíblia.

O livro de Lucas fala sobre sinais no sol e o Apocalipse fala sobre o aquecimento do sol:Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações se verão em angústia e perplexidade com o bramido e a agitação do mar. Os homens desmaiarão de terror, apreensivos com o que estará sobrevindo ao mundo; e os poderes celestes serão abalados (Lucas 21:25-26). O quarto anjo derramou a sua taça no sol, e foi dado poder ao sol para queimar os homens com fogo. Estes foram queimados pelo forte calor e amaldiçoaram o nome de Deus, que tem domínio sobre estas pragas; contudo se recusaram a se arrepender e a glorificá-lo (Apocalipse 16:8,9). Aqueles que têm uma certa base cultural religiosa cristã abrigar-se-ão nestas duas fontes, compostas de verdades inquestionáveis, para construir uma correta e convincente narrativa sobre os fenômenos climáticos que nos últimos tempos vêm se consolidando, não como onda de calor, mas como vertiginoso e contínuo aumento da temperatura, sem trégua em alguns estados, algumas cidades e regiões, e sem expectativa de arrefecimento.

Fontes: Veja, Greenpeace, WWF-Brasil, Bíblia Sagrada SSB, INMET | Fotos: Reproduções e Metasul (Capa)

 

Imagens adicionais sobre o aquecimento global

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