Vinte e oito por cento dos europeus defendem que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia deve terminar o quanto antes, ainda que tal signifique a perda de territórios para Kiev, revela o mais recente estudo de opinião do Conselho Europeu para as Relações Externas (ECFR), que sondou pessoas de 11 países da Europa, Portugal incluído. Fora deste continente, chineses (48%), sul-africanos, sauditas e russos (46%) são os povos que mais defendem esta solução.
Em sentido oposto, surgem os norte-americanos (42%), sul-coreanos (41%) e 33% dos europeus, que acreditam que a Ucrânia tem de recuperar a totalidade do território, ainda que tal prolongue a guerra ou que mais ucranianos morram ou sejam deslocados.
Percentagens elevadas afirmam que os EUA estão em guerra com a Rússia (63% dos russos, 57% dos chineses, mas também 36% dos europeus).
O destino da guerra está intimamente ligado ao futuro da UE, acreditam os inquiridos neste estudo realizado em colaboração com o projeto Europe in a Changing World, da Universidade de Oxford. Quatro em cada dez acreditam que a UE irá desmoronar-se nos próximos 20 anos, em especial os inquiridos fora da Europa, com a China à cabeça (67%), seguido da Arábia Saudita (62%) e Rússia (54%) – ainda assim, um em cada três europeus também se mostra pessimista em relação ao projeto europeu.
Entre os inquiridos que preveem o colapso da UE, 73,3% dizem que a Rússia irá vencer a guerra.
Em conclusão, o ECFR defende, por um lado, uma política de “interdependência estratégica” para a UE e, por outro, de investir “mais nas dimensões militar e de segurança de hard power, com base no que já fizeram para apoiar a Ucrânia”.
Fonte: dn.pt





