Kiev reforça defesas aéreas enquanto aguarda início das negociações com a UE

Bruxelas divulga relatório que deve abrir a porta do diálogo ao candidato. O país sob agressão tem ao serviço mais sistemas para proteger infraestruturas.

Na véspera da Comissão Europeia divulgar o relatório sobre os países aspirantes à entrada no clube europeu – e no qual é esperado que seja dada luz verde para o início das negociações entre Kiev e Bruxelas No próximo ano – o presidente ucraniano transmitiu uma nota de otimismo ao dizer que o país instalou mais sistemas de defesa aérea em preparação para um segundo inverno com ataques russos a instalações energéticas.

“Recebi informações sobre a chegada de munições, hardware e equipamento no último dia. Sistemas NASAMS adicionais de parceiros foram colocados em serviço do combate. Reforço atempado da nossa defesa aérea antes do inverno”, afirmou Volodymyr Zelensky no Telegram.

Os dirigentes ucranianos têm apelado aos aliados ocidentais para que forneçam armas adicionais antes do inverno, a fim de se defenderem dos ataques aéreos russos, em especial para proteger as principais infraestruturas de energia. No mês passado, a Lituânia anunciara que iria fornecer dois sistemas NASAMS à Ucrânia.

Zelensky também instou os aliados da Ucrânia a fornecerem às suas Forças Armadas mísseis de longo alcance e aviões de combate para quebrar o impasse na linha da frente. Sobre os mísseis, tendo em conta que Reino Unido, França e EUA responderam de forma afirmativa, embora em escasso número, com os Storm Shadow/SCALP e ATACMS, o destinatário do pedido poderá ser o chanceler alemão Olaf Scholz, que continua a não se mostrar sensibilizado para ceder os Taurus.

No que respeita aos aviões, aterraram na terça-feira na base aérea romena de Fetesti os primeiros cinco F-16 doados pelos Países Baixos à Ucrânia. A base será o local do novo centro de treino de F-16, onde os pilotos da NATO e também da Ucrânia vão receber formação para operar os caças. Espera-se a chegada, nos próximos dias, de seis pilotos ucranianos. No mês passado, um número indeterminado, mas “pequeno”, de pilotos começou a ser instruído no estado norte-americano do Arizona. Países Baixos, Dinamarca, Noruega e Bélgica prometeram transferir 61 aviões F-16 para a Ucrânia.

No terreno, os russos preparam-se para uma nova tentativa de tomada da destruída cidade de Avdiivka, situada a 10 quilómetros da cidade de Donetsk, controlada pela Rússia. “A terceira vaga vai mesmo acontecer. O inimigo está a reagrupar-se depois de uma segunda vaga de ataques sem sucesso”, disse Vitaly Barabash, comandante da Administração Militar de Avdiivka. Quer Kiev quer analistas militares afirmam que Moscovo registou graves perdas em termos humanos e de equipamento em duas investidas falhadas contra a cidade nos últimos meses.

Fonte: dn.pt

Notícias Relacionadas
Continue Lendo
Rede Jovem News