Fluminense conquista a Glória Eterna

Time supera Boca Juniors na prorrogação e alcança primeiro título continental da história; veja melhores momentos da final.

A América do Sul é Tricolor Carioca! Pelo placar de 2 x 1, o Fluminense venceu o Boca Juniors na prorrogação em um Maracanã lotado por 69,2 mil pessoas e conquistou a Glória Eterna. O título chegou após uma emocionante partida que, no tempo normal, terminou empatada em um gol. No tempo extra, John Kennedy, em um golaço aos nove minutos da etapa inicial, foi o responsável por provocar a loucura da torcida carioca, maioria no estádio neste sábado, 4 de novembro.

O jogo teve todos os ingredientes de uma grande final. Primeiro tempo começando mais travado, gol do artilheiro Germán Cano, Boca lutando e conseguindo o empate na etapa final, golaço do menino de Xerém na prorrogação, expulsão na comemoração, outra exclusão, mas no adversário por agressão, pressão dos argentinos em busca do novo empate e desafogo para enterrar de vez a piada “não tem Copa” que há dezenas de anos vem sendo feita contra o Fluminense.

Fiel à sua estratégia de defesa forte, o Boca Juniors pouco teve a bola no primeiro tempo, enquanto o Fluminense tomou conta das ações da partida. No entanto, poucas chegadas de parte a parte, sendo a melhor dos cariocas um cabeceio em cobrança de falta lateral e dos xeneizes um passe em profundidade para Cavani (com péssima atuação), que, em vez de chutar, preferiu passar, e de forma errada, para Merentiel.

Mesmo sem criar, o Fluminense rondava e tentava a todo custo criar oportunidades, com troca de passes e busca por espaço. Aos 36 minutos, Arias tabela com Samuel Xavier na direita e cruza para Cano, que, em ótimo movimento, engana a defesa e se desloca para atirar com perfeição praticamente da marca do pênalti: 1 x 0, 13º gol do artilheiro argentino, máximo goleador da Libertadores e principal artífice do ataque do Fluminense.

Germán Cano, máximo artilheiro da Copa Libertadores 2023 com 13 gols, abriu o placar na final da competição

O Fluminense, com tranquilidade, seguiu com a posse de bola e administrou até o final do primeiro tempo.

Na segunda etapa, o jogo mudou. Com qualidade, força e o peso da sua camisa sete vezes campeã da Libertadores, o Boca foi para o ataque e começou a buscar o empate, apoiado pela sua torcida, que estava em minoria (mesmo em minoria, o estádio teve mais de 25 mil boquenses). Aos sete minutos, o experiente Felipe Melo precisou ser substituído pelo zagueiro Marlon, diminuindo a capacidade defensiva do Fluminense, bem como a liderança dentro do time.

Aos dez minutos, o lateral direito peruano Advíncula tenta da entrada da área e a bola bate na rede pelo lado de fora, passando perto do gol de Fábio. Mesmo sem imprimir velocidade, o Boca seguia atacando e buscava com levantamentos ou outros ataques chegar no empate, até que Adívincula, jogador com muitas participações ofensivas, recebe de Medina na direita, dribla Marcelo para dentro e, de pé esquerdo de fora da área, acerta um belo chute no canto oposto: 1 x 1, 27 minutos.

Advíncula comemora gol de empate parcial com reservas do Boca Juniors; time lutou, mas não conseguiu a sétima conquista

O jogo ficou tenso, pois mais um gol, de qualquer lado, praticamente definiria a Copa Libertadores de 2023. E esse gol quase chegou para os dois times. Primeiro, aos 43 minutos, Merentiel da intermediária atirou bonito e a bola passou raspando a trave de Fábio. Depois, quase no quarto e último minuto de acréscimo, Lima acertou belo passe para Diego Barbosa, que entrou livre pela esquerda em diagonal, mas atirou para fora.

Com isso, a decisão foi para a prorrogação. E a primeira etapa do tempo extra começou equilibrada, com o Boca defendendo bem e tentando dar estocadas, enquanto os cariocas buscavam espaço com mais posse de bola.

Aos nove minutos, porém, Lima lança Keno, que, de cabeça, recua para John Kennedy na entrada da área. O atacante acertou um lindo chute de primeira para estufar as redes do goleiro Romero: 2 x 1. Kennedy já tinha cartão amarelo e foi comemorar subindo a mureta junto com a torcida do Fluminense. Seguindo a recomendação, o árbitro Wilmar Roldán expulsou o atleta, cria da base, deixando o Fluminense com um homem a menos.

John Kennedy festeja muito com gol histórico na prorrogação que deu a primeira Copa Libertadores para o Fluminense

Com um a mais, o Boca voltou a se lançar para tentar um novo empate. Após um ataque, a bola tocou na mão de um defensor do Fluminense dentro da área, mas o atleta estava no chão e não houve qualquer ação faltosa. O lance, porém, provocou uma confusão com empurra-empurra e, nisso, o lateral esquerdo Fabra, infantilmente, deu um tapa em Nino. Roldán, inicialmente, aplicou o cartão amarelo, mas chamado pelo VAR, revisou e expulsou o colombiano do Boca por agressão, acabando com a vantagem argentina de ter um homem a mais.

No segundo tempo da prorrogação, o Boca fez muitos levantamentos na área, tentou arremates de fora da área, mas, tirando um chute de Benedetto à esquerda do gol, pouco levou perigo, embora tenha lutado até o fim. Já o Fluminense teve a chance de matar em um contra-ataque, mas o chute cara a cara de Guga acertou a trave.

Não fez falta! O Fluminense foi campeão sem precisar dessa bola.

Ao longo da partida, o Fluminense teve mais posse de bola (54% x 46%), finalizou um pouco menos (13 x 15) e terminou com uma conclusão a mais no alvo (6 x 5).

Veja os melhores momentos da final da Copa Libertadores 2023:

Fotos: Conmebol e Marcelo/Gonçalves/Fluminense

 

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