Cooperativa com cerca de 167 produtores rurais inicia plantio de soja no Tocantins

Atividade de cultivo da soja deve se intensificar em novembro.

A safra de soja de 2023/2024 já começou a ser plantada. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estima-se que, nacionalmente, a produção deva chegar à casa dos 162 milhões de toneladas. No Tocantins, um grupo de cooperados (Frísia) iniciou o plantio do grão em 1º de outubro, tendo sido as atividades intensificadas a partir do último dia 20. Nesta fase, a gestão, os métodos de cultivo e a nutrição têm papel essencial no alcance de resultados positivos na colheita. 

Marcelo Cavazotti, gerente executivo da cooperativa no estado, detalha que, de maneira geral, os produtores aguardam um acúmulo de chuvas em torno de 100 mm para iniciar o plantio. No entanto, há casos em que iniciam na abertura do vazio sanitário, que na região é no dia 1º de outubro. Essa ação acontece em propriedades que estão visando o plantio de safrinha de milho após a safra de soja, já que pesquisas mostram que, a cada dia de antecipação de plantio de milho, é possível conseguir duas sacas a mais por hectare de produtividade.

“Essa escolha varia de produtor para produtor devido a vários fatores, como a região em que está, o apetite ao risco, as previsões climáticas daquele ano, maturidade das áreas de produção, entre outros. O início das chuvas é variável também; em alguns anos o período chuvoso inicia no final de setembro e em outros em meados de outubro. Mas uma coisa é fato, elas iniciam de forma irregular”, diz. 

O Tocantins é reconhecido por sua terra fértil e clima favorável para o cultivo de soja, tornando-se um local estratégico para o crescimento da produção da oleaginosa. De acordo com o engenheiro agrônomo da Frísia no Tocantins, Glayson Oliveira, a cooperativa está trabalhando de forma sustentável junto aos seus cooperados, que devem ser responsáveis pelo cultivo de mais de 40 mil hectares do grão, com o uso da palhada de plantas que geram cobertura do solo, a fim de prepará-lo para o cultivo, como o caso das braquiárias (capim rasteiro) e o milheto. “Estamos buscando aumentar a parte de biológicos no manejo, trabalhando para construir uma microbiota mais eficiente do solo por meio da inserção destes produtos biológicos no sistema”, explica. 

Mercado de grãos

Com a colheita de soja americana chegando próximo a 50%, entende-se que não terá mais alterações expressivas nas cotações de Chicago para esse mercado. Agora, o foco é no andamento do plantio na América do Sul, principalmente no Brasil e na Argentina. “Qualquer dificuldade ou atraso no plantio podemos ter movimentos pontuais de alta em Chicago, implicando em melhores cotações. Temos a expectativa de uma safra brasileira acima de 160 milhões de toneladas e, se isso se consolidar, podemos ter preços abaixo dos praticados atualmente. Mantemos a estratégia para nossos cooperados de entrarmos na safra 2023/2024 com os custos travados, com a venda antecipada de soja a fim de garantir o pagamento dos insumos”, afirma Felype Braga, coordenador de comercialização de grãos.

De acordo com a cooperativa que está no Tocantins desde 2016, hoje são 167 cooperados e 70 colaboradores e oferece ao produtor rural inúmeras vantagens competitivas perante o mercado, além de permitir que ele tenha mais facilidade na administração dos seus negócios, aumentando as condições para o sucesso das atividades.

Foto: Divulgação

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