O adolescente foi detido na quinta-feira por causa de uma ameaça de bomba enviada por correio eletrónico em Saint-Ouen-l’Aumône, uma cidade a noroeste de Paris.
Cerca de 1.200 pessoas, incluindo cerca de mil alunos, foram retiradas do liceu Jean Perrin que o suspeito frequentava.
Não foram encontrados explosivos na sequência de um exame do local e o motivo exato que levou o adolescente a fazer uma ameaça de bomba continua por esclarecer.
O Ministro do Interior, Gerald Darmanin, disse que as autoridades efetuaram 18 detenções devido a falsas ameaças de bomba na quarta e quinta-feira.
A maioria dos principais aeroportos franceses fora de Paris foram alvo de ameaças, o que levou a evacuações, atrasos de horas e dezenas de voos cancelados.
Esta sexta-feira, o Ministro da Justiça francês, Eric Dupond-Moretti, afirmou que tinham sido lançadas 22 investigações relacionadas com os falsos alarmes. “É óbvio que haverá condenações, não podemos deixar que isto aconteça”, disse o governante à emissora RTL.
Dupond-Moretti reiterou a sua promessa de reprimir os “pequenos brincalhões que não têm sentido de responsabilidade”.
“Os pais devem estar presentes e lembro-vos que são os pais que vão pagar as consequências financeiras”, acrescentou Dupond-Moretti.
Os infratores arriscam-se a dois anos de prisão e a uma multa de 30.000 euros.
A procuradora de Paris, Laure Beccuau, avisou que a punição poderia ser ainda mais severa, acrescentando que tais ameaças de bomba serão agora consideradas uma forma de “violência psicológica” premeditada.
Em declarações ao jornal francês Le Parisien, Beccuau disse que este tipo de crime é punível com três anos de prisão e uma multa de 45.000 euros. “Os menores serão presentes a um juiz de menores”, acrescentou Beccuau.
Fonte:dn.pt