Chapéu: um símbolo na história da humanidade há mais 4,5 mil anos

O chapéu surgiu para a proteção da cabeça, ainda nos povos primitivos da pré-história. É um equipamento de proteção da cabeça, um adereço para mulheres, moda para cowboys e "cowgirls" (vaqueiras); representa status, glamour e até mesmo poder.

Do latim capellus, que significa adorno para a cabeça ou um diminutivo de uma capa com capuz, a palavra chapéu tem origem no vocábulo francês chapel (atualmente chapeau).

Antes de mais nada, o chapéu é um dos vários acessórios que servem para cobrir a cabeça. Há poucas décadas, o chapéu era mais do que um equipamento de proteção da cabeça, um adereço para as mulheres – damas da alta sociedade, um instrumento ou acessório de trabalho e moda… era parte da indumentária do homem de negócios, do trabalhador, do vaqueiro, do peão de fazenda, do peão de rodeio, do peão amansador de burro bravo e das amazonas. No Brasil, as amazonas normalmente são mulheres bonitas, que usam calça jeans bem justa, camisa xadrez colorida, botas de canos longos, esporas e chapéu; elas montam em cavalos em festas agropecuárias, exposições, rodeios, vaquejadas, leilões de animais, cavalgadas e festas de peões. Os gregos atribuíam o título de amazonas às mulheres guerreiras, oriundas do Cáucaso, que viviam na Ásia Menor e que montavam e lutavam a cavalo; por isto, no Brasil, o uso desse título dado às cavaleiras e “peoas”.

O chapéu surgiu ainda nos povos primitivos da pré-história, para proteger a cabeça das intempéries climáticas (sol escaldante, frio, chuva), como prerrogativa masculina – sendo o homem o responsável pela defesa da tribo ou do clã; depois, foi estendido para caracterização dos níveis sociais: os reis usavam coroas; os sacerdotes, a mitra; os guerreiros, o elmo. Teriam, assim, nos mais primitivos formatos, uma espécie de gorro feito em couro, ou em tecido, nos antigos turbantes já presentes cerca de 4.500 anos a.C. Por volta de 3.000 a.C., na Mesopotâmia, surgem os chapéus, que trazem um misto de elmo com capuz, que, uns mil anos depois (2.000 a.C.), evolui para um formato mais aprimorado. Torna-se, neste mesmo período, um adereço de dignidade, nobiliárquica, militar e sacerdotal do Antigo Egito.

Até a década de 1940, os automóveis tinham o teto alto, de forma que o uso de chapéus dentro dos utilitários era possível. No entanto, com a modernização dos veículos deixou de ser possível usar o acessório. Com o tempo, passou a ser aceitável a visão de um homem sem chapéu. Em 20 de janeiro de 1961, John Kennedy foi o primeiro presidente estadunidense a recusar o objeto, tornando-o opcional.

No Brasil, chapéu, além de significar acessório, equipamento de proteção da cabeça ou adereço, entrou no linguajar da nação, dando origem a vários conceitos, gírias, memes, bordões e ditados populares. No futebol, a palavra chapéu corresponde a um drible em que o jogador conduz a bola, dá um “tapa” na redonda, fazendo-a passar por cima da cabeça de seu marcador e, em seguida, controlando-a novamente para completar a jogada. “Pra ele eu tiro o chapéu” é uma famosa frase, usada para reverenciar uma pessoa. “Chapéu de touro” é uma alusão ao homem que é traído pela mulher. “Fazer cortesia com chapéu alheio” significa agir em nome de outra pessoa para agradar um terceiro, sem o consentimento daquela pessoa.

E qual seria o chapéu mais caro do mundo? Você pode se surpreender, mas vários chapéus caros não são o que se descreveria como um chapéu de moda. Champrau d’Amour, avaliado em 2,7 milhões de dólares, nome do chapéu desenhado por Louis Mariette – uma celebridade estilista para as estrelas – é o chapéu mais caro do mundo.

Ainda como símbolo de status, elegância, requinte, glamour, no Brasil as melhores marcas são Pralana, Marcatto, Texas Diamond, Stetson e Eldorado; normalmente, eles são encontrados em lojas country, casas de produtos agropecuários, lojas de conveniências em rodovias e boutiques da alta moda.

Boa parte dos cantores sertanejos, country, gaúchos e de forró têm o chapéu como peça indispensável na indumentária que caracteriza as suas imagens perante o público. Nos últimos anos, até deputados estaduais e federais trabalham nas assembleias legislativas e na Câmara dos Deputados usando chapéus. Apenas nas igrejas, o uso do chapéu continua sendo proibido: “Todo homem que ora ou profetiza com a sua cabeça coberta envergonha aquele que é o cabeça sobre ele (Jesus)”, diz a Bíblia.

Fotos: Reprodução

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