Borrell apela à “libertação dos reféns e à proteção de civis”

Chefe da diplomacia europeia destaca "impacto negativo" do ataque do Hamas "na possibilidade de os dois povos viverem lado a lado em paz".

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia reúnem-se esta terça-feira, por videoconferência para a discutirem a situação no Médio Oriente. O encontro será coordenado pelo Alto representante para a Política Externa, Josep Borrell, e realiza-se a partir de Muscat, capital de Oman.

A antecipar o encontro europeu, no final de uma reunião do Conselho para a cooperação no Golfo, Josep Borrell apelou à libertação de reféns e apelou ao fim das hostilidades de parte a parte, mas admitiu que o ataque do Hamas contribui negativamente para a construção da paz.

Contudo, o alto representante da União Europeia para a política externa considera urgente o fim das hostilidades e evitar que a crise alastre pela região. “A prioridade é pôr termo à violência e evitar uma nova escalada regional”, afirmou Borrell, frisando que “é da maior importância assegurar a libertação dos reféns, bem como a proteção dos civis em todas as circunstâncias e por todas as partes”.

No entanto, considera que o ataque do Hamas terá um contributo negativo para as expectativas de convivência pacífica entre israelitas e palestinianos.

“O que aconteceu desde a manhã de sábado é chocante pelo sofrimento que este ataque lançado pelo Hamas causou e continua a causar a civis inocentes, e pelo impacto negativo que terá na possibilidade de os dois povos viverem lado a lado em paz e segurança”, considerou Borrell, para quem “o passado sábado marcou uma crise terrível para o Médio Oriente e para o Golfo”.

Ainda assim, entende que a via pacífica é a “única” opção sustentável. Por essa razão, reitera “empenho na solução de dois Estados, – porque é a única solução”. “Não conhecemos nenhuma outra – baseada nas fronteiras de 1967, em conformidade com a Iniciativa para a Paz Árabe e com as resoluções pertinentes das Nações Unidas, que salientam a importância de um apoio financeiro sustentado à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina e da continuação do apoio humanitário e ao desenvolvimento dos palestinianos nos Territórios Ocupados”, frisou.

Fonte: dn.pt

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