Membros do Conselho de Segurança da ONU condenam Hamas, mas sem unanimidade

Os diplomatas relataram que o Conselho de Segurança não considerou fazer uma declaração conjunta.

Vários membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), atualmente presidido pelo Brasil, denunciaram este domingo o Hamas pelo seu ataque em larga escala contra Israel, e os Estados Unidos lamentaram a falta de unanimidade.

Numa sessão de emergência, EUA e Israel instaram o Conselho a condenar veementemente os islâmicos palestinos que governam a Faixa de Gaza e que lançaram no sábado um ataque surpresa, deixando mais de mil mortos.

Diplomatas relataram que o Conselho de Segurança não considerou fazer uma declaração conjunta, muito menos uma resolução vinculativa, enquanto membros liderados pela Rússia esperavam por uma abordagem mais ampla do que a condenação do Hamas.

O meu apelo foi para interromper imediatamente as hostilidades e alcançar um cessar-fogo e negociações significativas, como tem sido dito ao longo das décadas“, afirmou o embaixador russo na ONU dentro do Conselho, Vassily Nebenzia.

A China, aliado habitual da Rússia no grupo, disse que apoiaria uma declaração conjunta. “Não é normal o Conselho de Segurança ficar em silêncio“, observou o embaixador Zhang Jun, que antes havia prometido o apoio chinês à condenação de “todos os ataques contra civis”.

Ao entrar na sessão, o embaixador de Israel, Gilad Erdan, exibiu fotografias gráficas de civis israelitas feitos reféns pelo Hamas. “Estes são crimes de guerra, crimes de guerra flagrantes e documentados”, declarou.

O embaixador palestiniano, representante da Autoridade Palestiniana com sede na Cisjordânia, pediu ao Conselho que se concentre em pôr fim à ocupação israelita. “Infelizmente, a história para alguns meios de comunicação e políticos começa quando israelitas são mortos”, disse o enviado Riyad Mansour.

“Este não é o momento de permitir que Israel redobre as suas terríveis decisões. É hora de dizer a Israel que precisa mudar de rumo, que há um caminho para a paz no qual nem palestinianos nem israelitas são assassinados”, acrescentou.

Fonte: dn.pt

Foto: Riyad Mansour, Observador Permanente do Estado da Palestina junto das Nações Unidas, fala com Zhang Jun, Representante Permanente da China junto da ONU, depois de participar no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

© EDUARDO MUNOZ ALVAREZ / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

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