Mesmo tendo ajudado o clube a chegar nas semifinais da Copa do Brasil e ainda estar vivo na Copa Sul-Americana, o técnico Vanderlei Luxemburgo, cidadão tocantinense e palmense, foi demitido do Corinthians após quatro meses de trabalho, com 38 jogos, 14 vitórias, 12 empates e 12 derrotas – 48% de aproveitamento.
Além da instabilidade da campanha, as atuações pouco convincentes e a posição no Campeonato Brasileiro – décimo com 30 pontos, apenas cinco a mais do que o primeiro da zona de rebaixamento – devem ter pesado na decisão do Corinthians de demitir o profissional de 71 anos. Ele havia sido contratado no dia 1º de maio, Dia do Trabalhador.
Nas duas passagens anteriores, Luxemburgo comandou o time campeão brasileiro (1998) e campeão paulista (2001). A demissão vem um dia após o empate em casa por 1 x 1 contra o Fortaleza na primeira semifinal da Sul-Americana.
Tocantinense
Nascido em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, o treinador também é empresário e mantém investimentos no Tocantins; entre eles, a TV Record (TV Jovem Record TV). A emissora tem canais em Palmas, Araguaína, Gurupi, Colinas e Paraíso. Ele também tem residência em Palmas. No ano passado, Luxemburgo tentou ser candidato a senador no estado pelo PSB, mas no último momento, antes da confirmação da postulação, o presidente estadual da sigla, o ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha, se apresentou no lugar dele e ficou com a vaga.
O episódio gerou muita polêmica e reclamações por parte de Luxemburgo e seus aliados. Para tentar remediar, Amastha chegou a oferecer uma das vagas do partido para disputar o cargo de deputado federal, mas o técnico não aceitou e deixou o partido.
Foto: Rodrigo Coca/Corinthians
