Zelensky acusa a Rússia de “genocídio” com o sequestro de crianças ucranianas

Diante da Assembleia Geral da ONU, Zelensky defendeu que a Rússia "não tem qualquer direito a ter armas nucleares", acusando Moscovo de promover o terrorismo global.

O presidente da ucraniano, Volodimir Zelensky, afirmou, esta terça-feira, que a Rússia está a levar a cabo um “genocídio” com o sequestro de crianças ucranianas, apelando à solidariedade diante da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.

“Na Rússia, eles ensinam estas crianças a odiarem a Ucrânia e rompem todos os laços com as suas famílias. E isto é, claramente, genocídio”, afirmou.

Zelensky referiu que a Ucrânia tem provas de sequestros de crianças levados a cabo pela Rússia “nos territórios ocupados da Ucrânia”, sendo “posteriormente deportadas”.

Lembrou que o Tribunal Penal Internacional tem um pedido de captura do Presidente russo, Vladimir Putin, por causa deste crime.

“Estamos a tentar trazer essas crianças para casa. Mas o tempo está a esgotar-se. O que acontecerá com elas? Na Rússia, eles aprendem a odiar a Ucrânia e todos os laços com as suas famílias são cortados”, denunciou Zelensky, sob o olhar do vice-embaixador russo na ONU, Dmitri Plyanskiy, que participa nesta Assembleia Geral.

Durante a intervenção, Zelensky defendeu que a Rússia “não tem qualquer direito a ter armas nucleares”, acusando Moscou de promover o terrorismo global.

Na sua primeira participação presencial numa Assembleia Geral da ONU, Zelensky acusou Moscou de fazer chantagem com armas nucleares, mas também com a alimentação e com a energia.

“A Rússia serve-se dos preços dos alimentos (…) e da energia nuclear como uma arma”, acusou Zelensky.

O líder ucraniano lembrou que a Rússia é um agressor frequente, recordando as intervenções militares na Moldova e na Geórgia e pedido à comunidade internacional para se unir para contrariar esta ambição expansionista.

Ucrânia prepara “cimeira de paz mundial”

“O objetivo da atual guerra contra a Ucrânia é transformar a nossa terra, o nosso povo, as nossas vidas, os nossos recursos numa arma contra vós, contra a ordem internacional baseada em leis”, defendeu o presidente, que apareceu na sessão das Nações Unidas com o seu uniforme militar.

O líder ucraniano lembrou que a Rússia é um agressor frequente, recordando as intervenções militares na Moldova e na Geórgia e pediu à comunidade internacional para se unir e contrariar esta ambição expansionista.

O presidente ucraniano insistiu que o único plano de paz possível para o seu país passa por “acabar com a agressão nos termos do Estado que foi atacado”, recordando que por várias vezes já apresentou propostas para uma negociação, nomeadamente um plano de paz exposto na Indonésia.

Anunciou que o seu país está a preparar uma “reunião de paz mundial”, para a qual convida todos os que recusam a agressão da Ucrânia por parte da Rússia.

“Já houve importantes discussões e conversações em Hiroshima, Copenhaga e Jeddah sobre a implementação de um plano de paz. E estamos a preparar uma reunião de paz mundial. Convido todos vocês – todos aqueles que não toleram qualquer agressão – a prepararem conjuntamente este encontro”, disse Zelensky.

Fonte: dn.pt

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