G7 – Cooperação entre Rússia e Coreia do Norte pode “minar paz e segurança” no mundo

Os chefes da diplomacia dos sete países mais industrializados do mundo estiveram reunidos em Nova Iorque à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas. Condenaram "veementemente" a "contínua expansão dos programas ilegais de mísseis nucleares e balísticos" pela Coreia do Norte.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 manifestaram esta terça-feira preocupação com a cooperação entre a Rússia e a Coreia do Norte, alertando que pode minar a paz e a segurança da região Indo-Pacífico e de outras zonas.

Os governantes sublinharam, em comunicado, que a cooperação Rússia-Coreia do Norte pode levar “à violação das resoluções do conselho de segurança das Nações Unidas e “minar a paz e a segurança da região Indo-Pacífico e não só”.

O líder norte-coreano Kim Jong-un visitou recentemente a Rússia, onde se encontrou com o presidente Vladimir Putin. Do encontro, cujo conteúdo não foi oficialmente tornado público, não resultou qualquer acordo entre os dois países, mas houve indicações de que terão falado sobre cooperação militar e espacial.

Após o encontro, Kim Jong-un mostrou-se confiante na vitória da “grande Rússia” na Ucrânia.

Os chefes da diplomacia dos sete países mais industrializados do mundo – Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido — que se reuniram em Nova Iorque à margem da semana de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas, apelaram a todos os Estados-membros deste organismo que implementem “plena e eficazmente” todas as resoluções do conselho de segurança.

Ainda sobre a Coreia do Norte, os ministros do G7 condenaram “as violações sistemáticas dos direitos humanos” por parte deste país, que instaram a “cooperar com as Nações Unidas e a cumprir as suas obrigações internacionais”, e, em concreto, a “resolver imediatamente a questão dos raptos”.

O G7 também “condenou veementemente” a “contínua expansão dos programas ilegais de mísseis nucleares e balísticos” pela Coreia do Norte e “a escalada de atividades desestabilizadoras”.

“Isto inclui o lançamento espacial falhado em agosto, que utilizou tecnologia de mísseis balísticos, em flagrante violação das resoluções do conselho de segurança da ONU”, sublinharam os ministros no comunicado.

Os membros do G7 reafirmaram o seu compromisso com “a desnuclearização da Coreia do Norte” e exigiram que este país “abandonasse as suas armas nucleares e programas nucleares existentes, e quaisquer outras armas de destruição maciça e programas de mísseis balísticos de uma forma completa, verificável e irreversível”.

Os chefes da diplomacia do G7 expressaram ainda a sua preocupação com os recentes desenvolvimentos no Sahel, condenando o golpe de Estado no Níger e apelando “à libertação do Presidente Bazoum e ao regresso à ordem constitucional”.

Os governantes manifestaram também “total apoio aos esforços diplomáticos” da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), da União Africana e de outros intervenientes regionais.

Fonte: dn.pt

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