Foi uma semana complicada para o presidente dos EUA. Primeiro, o presidente da Câmara dos Representantes Kevin McCarthy anunciou na terça feira ter dado instruções para se iniciar um inquérito formal para a destituição de Joe Biden, evitando a votação dos representantes na medida, em contradição com o que defendia publicamente.
Agora, o filho de Biden, Hunter, foi acusado de prestar falsas declarações e de possuir ilegalmente uma arma de fogo, abrindo caminho a um julgamento e arriscando uma pena de prisão.
Os factos remontam a 2018, quando Hunter era toxicodependente e afirmou nos formulários da compra da arma que não usava drogas. Um acordo com a Justiça chegou a ser dado como certo, mas o juiz reverteu-o, alegando que não podia ser concedida imunidade porque Hunter poderia vir a receber outras acusações.
O filho de Joe Biden continua a ser um instrumento para os republicanos tentarem diminuir o presidente ou produzir falsas equivalências em relação a Donald Trump. Foi assim na campanha eleitoral de 2020, quando, a propósito de um computador portátil de Hunter abandonado numa loja, os operacionais de Trump espalharam a teoria de que Joe Biden, enquanto vice-presidente, pressionou Kiev para proteger o filho.
E agora, apesar de não terem conseguido mostrar provas de que o presidente tenha cometido crime algum, os republicanos avançam com um inquérito de impeachment, depois de em julho terem mostrado numa comissão da Câmara fotografias de Hunter e de uma prostituta em atos sexuais – porquê, ninguém sabe.
Fonte:dn.pt