O número de mortos provocado pelas inundações que assolaram Tessália, região no centro da Grécia, foi neste domingo atualizado para 14, revelaram os bombeiros.
Os corpos de um homem de 65 anos e da sua mãe, de 88, foram encontrados perto da cidade de Karditsa, onde as operações de salvamento prosseguem sem interrupção. Até então, o número anterior de mortos era doze.
“Um total de 4.250 pessoas foram resgatadas e colocadas em segurança entre terça-feira, 5 de setembro, às 07h00 (05h00 em Portugal continental), e domingo, 10 de setembro, às 07h00”, declarou em comunicado o serviço de bombeiros grego.
Segundo as autoridades de proteção civil, cinco pessoas continuam desaparecidas.
Em Volos, o abastecimento de água continua problemático, uma vez que as estações de bombagem e uma grande parte da rede de abastecimento de água foram destruídas pela tempestade.
“A água não é potável”, declarou o Ministério da Saúde da Grécia, citando casos de gastroenterite.
Toda a região do Pelion continua sendo afetada por cortes de energia e de água, enquanto as principais estradas foram danificadas por chuvas torrenciais.
Os bombeiros continuam igualmente mobilizados na frente de Larissa, onde o rio Pinios transbordou e a água subiu perigosamente nos arredores da cidade.
Descrita pelos especialistas como um “fenômeno extremo em termos de quantidade de água que caiu”, a tempestade apelidada de “Daniel” atingiu a Magnésia na segunda-feira e na terça-feira, em especial a sua capital, a cidade portuária de Volos, e as aldeias do Monte Pelion, antes de afetar as localidades em torno de Karditsa e Trikala na quarta-feira.
Esta intempérie ocorre semanas depois dos incêndios florestais devastadores que ocorreram na Grécia neste verão e que mataram pelo menos 26 pessoas.
Com o aquecimento global, a atmosfera contém mais vapor de água (cerca de 7% por cada grau de subida), aumentando o risco de episódios de precipitação intensa que, combinados com outros efeitos das alterações climáticas, são suscetíveis de causar danos graves.
Na Turquia e na Bulgária, dois países que fazem fronteira com a Grécia, as chuvas torrenciais dos últimos dias mataram 12 pessoas.
Fonte: dn.pt