A Coreia do Norte criticou esta segunda-feira o envio, anunciado por vários países europeus, de caças F-16 para a Ucrânia, há meses pedidos por Kiev para combater a Rússia.
“Os Estados Unidos tinham adotado uma posição ambígua sobre a questão do fornecimento de caças, sob o pretexto de não provocar uma escalada da guerra, mas entregaram-se ao processo de oferta de caças F-16, uma vez que a operação de ‘contra-ataque’ da Ucrânia resultou em numerosas baixas e na destruição de armas ocidentais”, de acordo com a agência oficial de notícias norte-coreana KCNA.
Os responsáveis norte-coreanos, através do Instituto de Estudos Internacionais da Coreia do Norte, sublinharam que esta medida “é desesperada” e mostra a intenção do Ocidente de “provocar uma derrota estratégica para a Rússia a qualquer custo no campo de batalha ucraniano”.
“A decisão de fornecer até caças é um ato contra a paz que incita a uma guerra prolongada e destrói totalmente a paz e a estabilidade regionais”, prossegue o texto, sublinhando que o fornecimento destes caças “é um grande passo para uma guerra nuclear contra a Rússia”.
Reiteraram também que Washington “é claramente” o “arqui-inimigo que bloqueia a solução pacífica” e empurra a Europa para uma guerra nuclear “incitando os seus seguidores” a fornecer vários tipos de armas letais.
Pyongyang fez estas observações depois de a Dinamarca, a Noruega e os Países Baixos se terem comprometido a enviar esses caças.
Na semana passada, o Presidente ucraniano anunciou que Amesterdão ia enviar 42 aviões, embora o Primeiro-Ministro holandês, Mark Rutte, se tenha mostrado relutante em dar um número exato.
A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, anunciou que ia enviar 19 aviões em três lotes.
Oslo, que foi o terceiro a fazer o anúncio, ainda não esclareceu quantos aviões vai doar, embora fontes citadas pela emissora pública norueguesa NRK tenham antecipado que serão entre cinco e dez.
Mais de uma dúzia de países juntaram-se a uma coligação para ajudar a Ucrânia a obter os F-16, embora a maioria se limite à formação.
Fonte: dn.pt