Na semana passada, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) divulgou sua lista de doutores que constam no ranking da plataforma acadêmica research.com. O estudo considerou 26 áreas do conhecimento de 60 países, com 166.880 pesquisadores selecionados a partir de fontes de dados bibliométricos, dos quais 2.000 são da área de ciências agronômicas, incluindo ciência animal e vegetal. A Embrapa possui 2.424 pesquisadores, dos quais 84% com doutorado ou pós-doutorado em universidades do Brasil e do exterior.
No ano passado, no mais recente balanço social da Embrapa, quando a instituição completou 50 anos, o lucro social foi R$125,88 bilhões. Esse valor é avaliado a partir dos impactos das tecnologias que ela desenvolve e transfere para a sociedade. Em 2022, foram analisados os impactos de uma amostra de 172 tecnologias e 110 cultivares. Isso significa que a cada real aplicado na Embrapa, o retorno foi de R$34,70 para a sociedade.
A Embrapa possui cerca de 7.800 funcionários, 43 centros de pesquisa e trabalha com um orçamento apertado na comparação com países ricos. Para este ano, o orçamento global é R$3.639 bilhões. No início de agosto, o governo federal anunciou, como parte do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que a pesquisa agropecuária nacional receberá quase R$1 bilhão em investimentos até 2026. Desse total, cerca de R$850 milhões serão em investimentos estratégicos para aumentar a competitividade científica do agro. Outros R$145 milhões irão para o SNPA (Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária).
Ana Carolina de Souza Chagas
A pesquisadora da Embrapa Pecuária Sudeste, unidade localizada em São Carlos, SP, está na instituição desde 2002. Graduada em Ciências Biológicas e doutora em Ciência Animal, Ana Carolina de Souza Chagas (foto) é uma expert em parasitologia veterinária. Temas como carrapato, fitoterapia, formulações nanoestruturadas fazem parte da sua rotina. Não por acaso, possui cinco produtos tecnológicos registrados.
Atualmente, ela é orientadora do curso de pós-graduação em Ciências Veterinárias da UNESP (Universidade Estadual Paulista), no campus de Jaboticabal, SP, além de treinar estudantes e profissionais em técnicas in vitro aprendidas no Moredun Research Institute, na Escócia, e na Universidade da Georgia, nos EUA.
Fontes: Forbes/Embrapa