Naturatins apreende encomendas contendo peixes ornamentais

Animais estavam sendo transportados via Correios em sacos plásticos dentro de caixas de papelão.

Na última terça-feira, dia 22 de agosto, a equipe de fiscalização ambiental do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) atuou com rapidez e eficiência em resposta a uma denúncia de maus-tratos a animais. A operação ocorreu nas dependências do Centro de Encomendas e Entregas (CEE) da Agência Central dos Correios, localizada em Palmas.

A denúncia em questão apontava para uma remessa postal suspeita, que estava sendo processada no CEE. Com base nessa informação, os fiscais do Naturatins realizaram uma inspeção por amostragem, empregando a tecnologia de raio-x para examinar o conteúdo da encomenda. O que eles descobriram deixou todos chocados: a remessa continha animais vivos, o que é estritamente proibido.

Dentro de uma simples caixa de papelão, os fiscais encontraram sacos plásticos contendo água e, alarmantemente, peixes ornamentais exóticos. Sete embalagens plásticas revelaram a presença desses peixes das espécies Betta e Guppy.

Cândido José dos Santos Neto, o gerente de Fiscalização Ambiental do Naturatins, enfatizou que o envio de animais vivos requer procedimentos específicos para garantir seu bem-estar. “Os animais foram despachados no dia 14 de agosto, provenientes de Moju, no Pará, com destino a Pedro Afonso, mas foram interceptados aqui em Palmas, no CEE dos Correios”, detalhou ele.

Os peixes estavam em condições deploráveis: mal acondicionados, sem alimentação adequada, sem renovação de oxigênio, e uma fêmea Guppy já estava morta no momento da inspeção. Além disso, a remessa postal possuía uma descrição enganosa do conteúdo, sendo declarada como “azul de metileno”, um composto solúvel com aplicação farmacológica, o que não condizia com a realidade.

 

A remessa não estava acompanhada de nota fiscal, guia de transporte ou qualquer documento que pudesse comprovar a origem legítima dos peixes. Em consequência dessa operação, foram lavrados um auto de infração no valor de R$ 3.500,00 por maus-tratos e um termo de apreensão dos peixes. Estes últimos foram destinados à doação para uma empresa especializada em aquariofilia, onde receberão os cuidados necessários e a atenção adequada.

 

A fiscalização ambiental está agora em busca de informações adicionais sobre o remetente da remessa e do destinatário, a fim de garantir que os devidos procedimentos legais sejam aplicados.

 

Fotos: Naturatins

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