Johannes Soares da Silva, alvo de uma denúncia pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO) pela morte do motociclista Jonas Lopes da Silva e de Jaqueline Alves, passageira do veículo conduzido pelo réu durante a colisão na rodovia TO-010, foi julgado pelo Tribunal do Júri. O veredicto foi proferido nesta quinta-feira, 10, em Araguatins, e resultou em uma sentença de sete anos de reclusão.
A sessão do Tribunal do Júri contou com a participação do promotor de Justiça Breno Simonassi, membro do Núcleo do Tribunal do Júri. Durante o julgamento, Simonassi enfatizou que o réu, ao dirigir o veículo sob influência de álcool e em alta velocidade, assumiu conscientemente o risco de causar as mortes.
O Conselho de Sentença acatou a argumentação do promotor e deliberou pela condenação de Johannes Soares da Silva, impondo-lhe uma pena total de sete anos de reclusão. A pena é composta por seis anos referentes ao homicídio simples de Jonas, somados a um sexto adicional em decorrência da morte de Jaqueline Alves.
O acidente aconteceu em 16 de junho de 2021, quando o réu, conduzindo um veículo embriagado e em alta velocidade (90 km/h, em uma via com limite de velocidade de 40 km/h), colidiu com a motocicleta de Jonas. Após o ocorrido, Johannes não prestou socorro às vítimas e fugiu do local. Quando capturado pelas autoridades, admitiu ter ingerido bebida alcoólica.
O Ministério Público Estadual argumentou que a atitude do acusado poderia ser caracterizada como uso de método cruel. No entanto, os jurados não concordaram com essa classificação. Além disso, ao calcular a pena, também foi levado em consideração o fato de que Johannes não possuía histórico criminal anterior.
Foto: CBM/TO