Um ataque aéreo russo levado a cabo esta segunda-feira de manhã na cidade natal de Volodymyr Zelensky, Kryvyi Rih, fez pelo menos dois mortos, sendo que 20 outras pessoas ficaram feridas.
“Os russos atacaram a cidade com dois mísseis: um deles destruiu um edifício residencial, do quarto ao nono andar”, escreveu o ministro do Interior, Ihor Klymenko, no Telegram, referindo que “entre cinco a sete pessoas presas debaixo dos escombros”.
O ataque atingiu ainda um estabelecimento de ensino na cidade situada na região de Dnipropetrovsk.
O líder do governo ucraniano já reagiu nas redes sociais. “As regiões na Ucrânia estão a ser bombardeadas pelos ocupantes, que continuam a aterrorizar cidades e pessoas pacíficas. Kryvyi Rih, Kherson. Edifícios residenciais, um edifício universitário e ruas foram atingidos. Infelizmente, há mortos e feridos. Pode haver pessoas debaixo dos escombros. As minhas condolências para todos aqueles que perderam entes queridas devido ao terror russo”, escreveu Zelensky, que promete não baixar os braços.
“Nos últimos dias, o inimigo tem teimado em atacar cidades e os centros, bombardeando objetos e casas de civis. Mas este terror não nos assustará ou quebrará. Vamos trabalhar para salvar o nosso povo”, acrescentou.
As imagens divulgadas pelo presidente ucraniano mostram um edifício de apartamentos destruído em vários andares. O edifício do centro de ensino atingido tinha um buraco no centro da construção.
Kryvyi Rih havia sido bombardeada em meados de junho. Na altura, pelo menos 12 pessoas morreram no ataque contra um edifício residencial de quatro andares e um depósito.
Este ataque surge numa altura em que a Rússia tem denunciado ataques ucranianos com recurso a drones em solo russo, nomeadamente na região de Rostov.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Fonte: dn.pt