Móveis rústicos são opção forte e atual na decoração de ambientes

O estilo rústico é cômodo, casual e resgata o contato com a natureza, propiciando uma maneira de viver mais simples, leve e descomplicada. Em Palmas, as lojas que trabalham com esses produtos comercializam peças com preços que variam de R$100,00 a R$54.000,00, para clientela, principalmente, das classes média e média alta.

Nos séculos passados, os móveis rústicos eram sinônimo de pobreza, usados em casas de sertanejos, nas fazendas; eram bem malfeitos e não tinham valor comercial. Móveis rústicos compreendem mobílias que são produzidas com madeira maciça, bruta ou de demolição. Dessa forma, possuem um aspecto totalmente único – uma vez que são feitos de um material natural e se moldam de formas diferentes em cada produção. O estilo rústico é cômodo, casual e resgata o contato com a natureza, propiciando uma maneira de viver mais simples, leve e descomplicada. Possui um aspecto antigo, campestre, evidenciando o passado; assim, eventuais imperfeições são vistas como belas, pois contam uma história.

Antigamente, as pessoas optavam por móveis rústicos para decorar suas casas de temporada, na praia ou no campo. Isto porque esse tipo de móvel remete a uma proximidade com a natureza, o que acaba combinando com a proposta das casas fora da cidade grande. No entanto, hoje, tudo mudou. Os móveis rústicos conquistaram um espaço também nos ambientes urbanos mais requintados, principalmente nas classes média e média-alta. Para se ter uma ideia, conforme informações do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), quem apresentou o conceito ao Brasil foi a Alemanha, cuja proposta era justamente conservar a natureza. No entanto, décadas atrás, os produtos eram considerados de baixa qualidade e beleza “até que a novidade caiu no gosto dos designers. A origem da madeira e o design exercem o mesmo nível de atração”, informa o Sebrae.

Além da madeira de demolição, os móveis rústicos podem conter também fibra trançada, principalmente cadeiras e banquetas. Uma vantagem incrível dessas peças é que elas são duráveis e passam de geração para geração, uma vez que a matéria-prima é de ótima qualidade – madeira de verdade. Segundo o Sebrae, nesses móveis podem ser utilizados também outros restos de demolição, como grades de ferro, por exemplo. Garrafas PET recicladas e lonas de caminhão são utilizadas nos tecidos para estofar poltronas, conforme aponta a instituição. Com relação às madeiras, as mais utilizadas são pinho-de-riga, imbuia, ipê, pequi, aroeira, jatobá, goiavira, cedro, jacarandá, peroba-do-campo e peroba-rosa. Estas são consideradas madeiras nobres e de alta qualidade, muito utilizadas na fabricação de móveis rústicos, mas existem muitas outras. É importante ressaltar que o mercado está aberto para quem quer participar dele. Marceneiros interessados e com habilidades para este conceito podem mergulhar nesse universo.

Passos, em Minas Gerais, é considerada a “Capital Brasileira dos Móveis Rústicos”. No entanto, Alexânia, GO, localizada entre Anápolis e Brasília, na BR-153, a 120 km de Goiânia e 82 km de Brasília, é a cidade, no Centro-Oeste, onde existe o maior número de fábricas e lojas de móveis rústicos. Em Alexânia, há empresas especializadas em vendas tanto no varejo como no atacado, o que a torna o principal fornecedor de Brasília, Anápolis, Goiânia, Grande Goiânia (região metropolitana), cidades satélites de Brasília (entorno) e Palmas, no Tocantins. O mercado de Palmas para esse segmento ainda é pequeno, mas um seleto público consumidor desta capital tem sido fiel às empresas que trabalham com esse tipo de mobiliário de alto padrão.

Maria de Nazaré e Manoel Vieira Neves Junior são pioneiros no segmento de móveis rústicos em Palmas

Uma grande fábrica de móveis rústicos, localizada na TO-020, entre Palmas e Aparecida do Rio, é uma das fornecedoras para o mercado tocantinense. Em Palmas, duas grandes lojas atuam nesse mercado há mais de 14 anos. O casal Manoel Vieira Neves Junior e Maria de Nazaré Figueiredo Neves (foto), vindo de Rondônia, chegou em Palmas em 23 de maio de 1991 para abrir a primeira panificadora da nova capital e tocou essa padaria quase dez anos, até resolver mudar de atividade e entrar para o segmento de comércio de móveis rústicos, artesanatos e peças de decoração, abrindo, em Palmas, a primeira loja desse ramo, que hoje tem quase 20 anos de atividade e permanece líder do setor. Outro casal que começou praticamente do zero em Palmas foi Averildo Naves e Sandra Naves, 14 anos atrás. Naves e Sandra vieram de Goianésia, médio norte goiano, no Vale do São Patrício, e iniciaram suas atividades em Palmas com móveis rústicos; hoje eles têm fábrica própria e uma grande loja, onde é possível encontrar peças de R$100,00 a R$54.000,00 e um enorme estoque de mercadorias do mais alto padrão.

Fotos: Flávio Clark

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