Uma derrota amarga e pesada. O Brasil perdeu por 2 x 1 para a França na manhã deste sábado, no Suncorp Stadium, em Brisbane, na Austrália, pela segunda rodada do Grupo F da Copa do Mundo Feminina. Com o resultado e combinado com a vitória de 1 x 0 da Jamaica sobre o Panamá, o Brasil estará obrigado a vencer as jamaicanas na próxima quarta-feira, para não dar adeus ao mundial disputado na Austrália e na Nova Zelândia.
O trunfo das francesas para superarem as brasileiras neste sábado foi a bola aérea. A França fez um primeiro tempo bem melhor, promovendo um abafa inicial com muito volume de jogo, até que aos 17 minutos Karchaoui cruzou de longe, Diani ganha no alto dentro da área escorando para Le Sommer cabecear sozinha quase na pequena área no canto: 1 x 0. Antes, a goleira Letícia já havia feito uma defesa espetacular em outra cabeçada de Le Sommer.
A França seguiu dominando o jogo, mas o Brasil pelo menos começou a jogar um pouco. Aos 23 minutos, Geyse rouba a bola na intermediária, fica para Debinha que faz boa jogada de infiltração pela direita e rola para Adriana, livre, atirar mal e perder grande oportunidade de empatar a partida. O domínio francês seguiu, mas não gerou mais oportunidades de perigo no primeiro tempo.
Na segunda etapa, a situação mudou e o Brasil voltou com outra postura. Corria alguns riscos na defesa, mas buscava o ataque com coragem. E o prêmio chegou aos 13 minutos, com troca de passes pela esquerda até Kerolin tentar o chute da entrada da área; o arremate é travado e a bola sobra para Debinha, dentro da área na frente da goleira Peyraud-Magnin, tocar com categoria no canto esquerdo e empatar: 1 x 1.
O jogo ficou de ida e volta, com ambas as equipes buscando o gol. Na melhor chance brasileira, em cobrança de falta lateral, Kerolin chega antes da goleira, mas desvia para fora. Já a França teve dois bons chutes, um defendido por Letícia e outro que passou do lado da trave. Aos 38 minutos, gol da França, em grande vacilo da defesa brasileira. Escanteio da ponta direita jogado na área e a bola vai para Wendie Renard, de 1,87 m, cabecear dentro da pequena área sem qualquer marcação e fazer 2 x 1 no placar.
Depois do gol francês, a técnica sueca do Brasil Pia Sundhage promoveu a entrada de três reservas; entre elas, Marta, 37 anos, melhor do mundo por seis oportunidades. Ela não teve muito tempo para criar jogadas.
No oitavo minuto dos acréscimos (a arbitragem havia assinalado sete minutos inicialmente e o tempo extra gerou uma reclamação enfurecida do técnico francês Hervé Renard), o Brasil ainda teve a chance de empatar. Falta lateral cobrada na área, rebote e sobra para a zagueira Mônica na risca da pequena área, mas ela não consegue acertar a tentativa de chute em bola.
Ao longo do jogo, a França teve mais posse de bola (54% x 46%), superioridade nas finalizações (19 x 11) e nas conclusões certas (7 x 2).
Agora, todas as esperanças do Brasil ficam para a próxima quarta-feira, às 7 horas (horário de Brasília). Só a vitória interessa, pois o empate classifica as jamaicanas.
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Foto: Tais Magalhães/CBF
