Eleito democraticamente, Mohamed Bazoum foi detido por elementos da Guarda Presidencial.
A tentativa de golpe mereceu a condenação da comunidade internacional. A União Africana, França, EUA e a União Europeia condenaram a ação e apelaram à libertação do presidente e da família. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, também“condenou firmemente a mudança anticonstitucional do governo.”
O chefe da diplomacia do país, por outro lado, afirmou “nós somos as autoridades legítimas.”
O presidente do Benin, Patrice Talon, país vizinho, está, ao que tudo indica, a caminho para mediar o conflito como representante da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (ECOWAS).
“Mesmo quando se faz o que não é aceitável, é preciso que possamos corrigir tudo através da paz. Essa é a nossa primeira opção. Pensamos que será um sucesso”, sublinhou Talon.
O presidente Mohamed Bazoum faz parte de um grupo cada vez menor de líderes pró-ocidentais na região do Sahel.
Foi eleito há dois anos, na primeira transferência de poder pacífica e democrática do país desde a independência de França em 1960.
Bazoum assumiu o comando de um país devastado pela pobreza e com uma história de turbulência crónica.
As ameaças à liderança podem minar os esforços do Ocidente em estabilizar a região.
Fonte: euronews.pt