A defesa do ex-governador Mauro Carlesse informou que recorreu da decisão, argumentando que o aparelho já estava no gabinete do governador, quando este assumiu o mandato. A apreensão, em 2018, ocorreu durante investigação do uso da máquina pública nas eleições daquele ano. A PF cumpria mandado de busca e apreensão, expedido pela Justiça Eleitoral. Na época, havia uma Portaria, expedida pela Casa Militar, que proibia a entrada de aparelhos celulares ou outros dispositivos eletrônicos no gabinete do governador, no Palácio Araguaia. Os visitantes eram obrigados a deixar os seus celulares, tablets e similares com um policial militar posicionado na recepção do gabinete.
Em sua defesa, Mauro Carlesse argumentou que as provas do uso de bloqueador de sinais telefônicos eram ilícitas e que o aparelho já estava instalado no Palácio Araguaia quando assumiu o governo, após cassação do seu antecessor, Marcelo Miranda, em março de 2018. Carlesse, durante o processo de investigação, declarou inocência em seu depoimento à PF, assim como Marcelo Miranda, que negou ter conhecimento sobre o uso de bloqueador de celular no gabinete do governador do estado.
Defesa entrou com recurso
A defesa de Mauro Carlesse vai recorrer da decisão. O advogado Juvenal Klayber informou que “as provas produzidas em audiência de instrução deixaram claro que o aparelho já estava no gabinete, quando este assumiu o governo e a própria Polícia Federal admitiu que o bloqueador não estava funcionando quando da busca e apreensão. Portanto, respeitamos a decisão, mas já estamos entrando com recurso”, afirma.
Foto: Arquivo do Governo do Tocantins