Aleto celebra Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha

Uma mesa-redonda composta por mulheres pretas discutiu inúmeras questões que destacam as mulheres pretas na sociedade, convidando o público a refletir sobre a data.

Nessa terça-feira, 25, a Assembleia Legislativa do Tocantins foi palco de um importante evento, As pretas podem, promovido pela Secretaria de Estado da Mulher, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha. A iniciativa da Secretaria de Estado da Mulher busca proporcionar um espaço de reflexão e valorização das mulheres negras, dando voz a suas pautas e demandas.

O evento contou com a presença da secretária de estado da Mulher, Berenice Barbosa, que enfatizou a importância da data e do encontro para fortalecer a representatividade e a visibilidade das mulheres negras na sociedade. “Para nós, é um motivo de muita alegria, pois esse é um momento histórico. Nunca tivemos um evento nesse sentido e, agora, já planejamos essa data para ter a permanência no calendário da Secretaria da Mulher. Assim como o governador Wanderlei Barbosa, queremos cuidar da nossa gente; afinal de contas o Tocantins é um estado diverso e nós queremos valorizar as pessoas, a nossa cultura e trazê-las para perto da Secretaria”, afirmou a secretária Berenice.

Uma roda de diálogo foi composta por mulheres pretas, com destaque em espaços sociais, ao explanarem suas vivências, experiências e reivindicações, convidando sempre o público presente para a reflexão sobre a mulher preta na sociedade. O momento proporcionou um espaço de diálogo e empoderamento, contribuindo para a construção de uma sociedade ainda mais plural e igualitária. O evento também contou com a palestra da jornalista Maju Cotrim, que apresentou a temática Mulher Negra: Poder, representatividade e transformação social! Uma imersão na representação da mulher preta na sociedade tocantinense, o caminho das conquistas, sororidade e a busca por dias cada vez melhores.

Durante a cerimônia, diversas representantes de movimentos sociais que atuam em prol dos direitos das mulheres pretas também estiveram presentes, além de representantes de diferentes municípios, como Miracema e Porto Nacional (Coletivo de Mulheres Negras de Porto Nacional). Charleide Matos é de Palmas, moradora do bairro Taquari, e atua há mais de 20 anos em movimentos sociais; a militante hoje é presidente do Conselho da Igualdade Racial no Tocantins. Ela destacou a relevância do evento como um marco na luta das mulheres negras e afirmou o quão a data é importante. “Esta data representa para os movimentos sociais um dia de luta, pois estamos na base da pirâmide social e temos muitos dos nossos direitos negligenciados. Este momento é oportuno para as nossas vozes serem ouvidas”, reforçou.

A secretária executiva da Secretaria de Estado dos Povos Originários e Tradicionais, Cris Freitas, reforçou o compromisso da pasta em apoiar iniciativas que promovam a igualdade de gênero e o combate ao racismo e à discriminação. “Estamos conversando com a população, vendo as demandas, para saber de fato o que os nossos povos querem. Vamos lutar para trazer essas políticas para as mulheres negras a todos os lugares; o trabalho está sendo feito junto com o nosso governador Wanderlei Barbosa”, para que chegue a todos os cantos do estado, comentou.

Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha

A data, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), durante o 1° Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em 1992, tem como objetivo destacar a luta e a resistência dessas mulheres contra o racismo, o machismo, a violência, a discriminação e o preconceito ainda enfrentados por elas.

O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha é, portanto, uma data fundamental para reconhecer o protagonismo das mulheres negras na história e nas lutas sociais, ao mesmo tempo que reforça a urgência em combater as desigualdades estruturais que ainda persistem.

Foto: Frederick Borges

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