Justiça determina novo exame necroscópico no corpo de Dad Charada

Decisão atende pedido judicial feito pela família de Carlos Augusto

Em decisão liminar, expedida na madrugada desta terça-feira, 25, o Tribunal de Justiça do Tocantins determinou que o Instituto Médico legal de Palmas (IML) refaça o exame necroscópico do corpo de Carlos Augusto Silva Fraga, conhecido como Dad Charada, encontrado morto no último domingo, 23, em cela do presídio Barra da Grota, em Araguaína.

Carlos Augusto é apontado como mandante de 50 dos 90 homicídios registrados em Palmas, de janeiro a junho deste ano. De acordo com a polícia, ele era membro da facção criminosa conhecida como Comando Vermelho e dominava o tráfico de drogas no estado do Tocantins, incluindo uma loja virtual para a venda de entorpecentes.

O pedido para que o exame seja realizado novamente foi feito pelo advogado da família de Carlos Augusto. A SSP informou nesta segunda-feira, 24, que o laudo da causa da morte deve ser divulgado em 10 dias, embora o atestado de óbito apontou a causa da morte como “suicídio”. A defesa acredita que ele tenha sido assassinado porque estaria recebendo ameaças, e por isso, entrou com pedido de um novo exame necroscópico.

O que diz a SSP

Nesta segunda-feira, 24, a Secretaria de Segurança Pública  emitiu nota esclarecendo que Carlos Augusto estava detido em uma ala monitorada, e , por isso, considerada de segurança.

Na nota, o estado afirma que o acusado ficou em isolamento durante todo o tempo que esteve no presídio e a ala onde ele estava é monitorada em tempo integral. Apesar da hipótese de suicídio, a morte é investigada pela 2ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ª DHPP – Araguaína).

Em entrevista a um jornal local, o advogado Zenil Drumond, que assistia o preso, informou que a família deve processar o estado, segundo informou a defesa. A defesa disse que “a responsabilidade civil estatal pela integridade daqueles que estão sob a custódia do Estado é objetiva em face aos riscos inerentes ao meio no qual foram inseridos pelo próprio estado”. (Foto: divulgação)

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