Pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro, em Belo Horizonte, na Arena Independência lotada com quase 21,7 mil pessoas, o Goiás conseguiu um importante triunfo ao derrotar o Cruzeiro por 0 x 1, gol do grandalhão João Magno (1,95 m), de cabeça, aos 28 minutos do primeiro tempo. Com o resultado, o Esmeraldino, depois de quatro oportunidades desperdiçadas, conseguiu sair da zona de rebaixamento e agora é 16º com 15 pontos, um a mais que o Bahia – primeiro clube na zona da degola.
Já o Cruzeiro voltou a frustrar a torcida, que, pelo segundo domingo seguido, lotou a Arena Independência no Bairro do Horto e viu seu time fracassar mais uma vez – na semana passada os azuis empataram com o Coritiba por 0 x 0.
Na partida de hoje, o Goiás soube superar a pressão, marcou forte e ofereceu poucas oportunidades reais ao Cruzeiro, que teve muito mais finalizações (16 x 7) e posse de bola (69% x 31%). As conclusões certas, porém, foram escassas e o Esmeraldino teve vantagem (1 x 2).
Antes de abrir o placar, o Goiás levou mais perigo, através de um chute de Guilherme Marques, aos 22 minutos, de dentro da área, após jogada de contra-ataque e bom passe de João Magno. Ele não pegou muito bem na bola e ela passou por cima.
Aos 28 minutos, não teve jeito. Willian Oliveira acionou Sander pela esquerda e o lateral cruzou com perfeição na área. O gigante João Magno ganhou da defesa e cabeceou no canto direito: 0 x 1.
A partir disso, o Cruzeiro tomou conta do jogo, mas sem acertar o alvo. As duas melhores chances foram com Machado, no final do primeiro tempo, de dentro da pequena área, mas com finalização defeituosa de canela e com Mateus Vital aos 31 da segunda etapa, em chute de dentro da área, que bateu na defesa e passou raspando a trave.
No final do jogo, a torcida xingou bastante os jogadores do Cruzeiro, dizendo que eles eram pipoqueiros. O time é o 11º com 22 pontos.
Líder arranca empate heroico no final e quase vira o jogo
Líder com 40 pontos (11 à frente do Grêmio, que tem um jogo a menos), o Botafogo obteve uma excelente reação ao empatar pelo placar de 2 x 2 com o Santos, na Vila Belmiro, com portões fechados. O time da Estrela Solitária perdia por 2 x 0 até os 39 minutos do segundo tempo, mas conseguiu dois gols nos minutos finais e, por pouco, não obteve uma virada mágica nos acréscimos.
O Botafogo controlou a maior parte das ações do jogo, enquanto o Santos estava bem montado para o contra-ataque. Além disso, a desvantagem na maior parte do tempo fez os cariocas finalizarem muito mais (7 x 18), acertarem mais no gol (2 x 7) e ter ampla superioridade na posse de bola (36% x 64%).
No primeiro tempo, enquanto controlava o jogo, mas não encontrava os espaços para criar boas oportunidades, o Santos ameaçava nos contra-ataques. Depois de avisar com um chute para fora de Dodi, o Peixe abriu o placar após grande lançamento do estreante Jean Lucas para Marcos Leonardo, que invadiu a área pelo lado esquerdo, driblou bonito o zagueiro Adryelson e atirou com perfeição: 1 x 0.
A partida, praticamente, não teve mais nada de interessante no primeiro tempo. Na segunda etapa, o Botafogo começou bem melhor e teve duas boas oportunidades com Tiquinho Soares, de cabeça, raspando a trave e com Vítor Sá, de frente com o goleiro, mas parando em grande defesa do goleiro João Paulo. Cinco minutos depois, o goleiro, que é capitão do Santos, sentiu lesão e pediu para sair.
O Botafogo pressionava em busca do empate, enquanto o Santos apenas se defendia e esperava o tempo passar. No entanto, aos 36 minutos, Mendoza disparou em velocidade, tocou para Marcos Leonardo no meio de campo. O atacante ajeitou para Lucas Lima, que ganhou dividida e avançou para cruzar na segunda trave para Marco Leonardo, sozinho, fazer o gol: 2 x 0.
Contudo, diferente do que o placar e o relógio apontavam, a partida não estava decidida. Aos 39 minutos, o Botafogo faz boa jogada coletiva em velocidade, a bola chega em Janderson dentro da área, que rola para trás e Tiquinho Soares, artilheiro do campeonato, não perdoa: 2 x 1. Três minutos depois, Marçal cobra escanteio da esquerda, Adryelson sobe alto e cabeceia para o fundo da rede: 2 x 2.
Motivado, o Botafogo partiu com tudo para a virada e ela quase chegou aos 50 minutos: Marçal cobrou outro escanteio, Carlos Alberto cabeceou, a bola venceu o goleiro santista, mas Rodrigo Fernández salvou em cima da linha. Não parou por aí. No décimo minuto de acréscimo, Lucas Fernandes cobrou a falta na cabeça de Philipe Sampaio, que, livre, cabeceou forte do lado da trave, sem qualquer reação do goleiro, que apenas torceu com sucesso para ela não ir ao gol. Com o empate, o Santos segue na 14ª colocação, agora com 17 pontos.
Furacão vence em São Januário e afunda Vasco
Em mais uma partida sem público, o Athletico Paranaense venceu o Vasco por 0 x 2 em São Januário, com os dois gols no segundo tempo – Christian, aos 26 minutos, e Victor Bueno aos 35, de pênalti.
O primeiro tempo foi muito equilibrado e quase sem emoções. No segundo tempo, o Vasco melhorou e tinha algumas chegadas com certo perigo, quando perdeu uma bola no meio campo e o Furacão, em rápida jogada coletiva, chegou ao primeiro gol, em chute de Christian quase da marca do pênalti. Depois, o Vasco mais uma vez buscava o gol, tentando o empate, quando, em outra jogada rápida, Victor Roque é derrubado na área. Victor Bueno cobrou a penalidade com perfeição: 0 x 2.
Ao longo do jogo, o Vasco finalizou o dobro de vezes do Furacão (18 x 9), mas acertou apenas duas vezes no alvo – a mesma quantidade do adversário. A posse de bola foi cruzmaltina (57% x 43%). O jogo marcou a estreia do técnico argentino Ramón Díaz no time carioca, que agora é o lanterna isolado da competição com apenas nove pontos. Os paranaenses estão no quinto lugar, com 25 pontos.
Jogo movimentado, mas sem gols em Bragança
Em partida muito movimentada, com chegadas dos dois lados, Bragantino e Internacional empataram por 0 x 0 diante de 6,4 mil pessoas no Nabizão. O time da casa teve um pouco mais de volume, sendo superior nas finalizações (20 x 11), mas o Inter acertou mais no alvo (4 x 5). O Colorado, inclusive, exigiu pelo menos três boas defesas do goleiro Cleiton. Cada time acertou uma bola na trave no segundo tempo – Enner Valencia para o Inter e Léo Ortiz para o Bragantino. A posse de bola foi superior para o Bragantino (55% x 45%).
A partida marcou a reestreia do técnico argentino Eduardo Coudet no Inter. O Bragantino é o oitavo com 25 pontos, enquanto o Colorado, que está há quatro jogos sem marcar, é o décimo com 23 pontos.
Encerramento da rodada
Nesta segunda-feira, 24 de julho, em partida que terá apenas transmissão do Premiere, Coritiba e Fluminense fecham a rodada, às 19 horas.
Confira, abaixo, os melhores momentos das partidas de domingo:
Cruzeiro 0 x 1 Goiás
Santos 2 x 2 Botafogo
Vasco 0 x 2 Athletico Paranaense
Bragantino 0 x 0 Internacional
Fotos: Rorison Rodrigues/Goiás, Vítor Silva/Botafogo e José Tramotin/Athletico Paranaense