Polícia Federal deflagra operação que apura fraude em transporte escolar no Tocantins

As investigações apuram contratos da prefeitura de Cariri do Tocantins com empresas e associações com suspeita de pagamento de propina. Os mandados foram cumpridos na casa do prefeito e na sede da prefeitura.

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 20, a terceira fase da operação Catilinárias. As investigações apontam possíveis desvios de recursos públicos no transporte escolar e pagamento de propina. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão no município de Cariri do Tocantins, expedidos pelo Tribunal Regional Federal 1ª Região.

De acordo com as investigações, os suspeitos criaram falsas associações para transporte escolar, visando obter vantagens indevidas, por meio de contratação de terceiros indicados por servidores públicos envolvidos no esquema. A PF apurou, também, que a vantagem indevida aos servidores públicos ultrapassou R$350 mil, nos anos de 2017 a 2018, após substituição de uma associação por empresa que não possuía capacidade para prestação de serviço.

Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de associação criminosa, peculato, frustração do caráter competitivo de licitação, prorrogação ilícita de contrato e corrupção passiva, cujas penas, somadas, podem chegar a 27 anos de reclusão.

O prefeito do município de Cariri, Vanderlei Júnior, foi um dos alvos da operação que está em sua terceira fase. Os policiais também fizeram buscas na prefeitura da cidade.

Em nota, a prefeitura de Cariri afirmou que está à disposição para quaisquer procedimentos necessários e que permanecerá colaborando ativamente com a justiça para apuração dos fatos e estabelecimento da verdade.

Fotos: Divulgação PF

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