“O presidente visitou primeiro o local do massacre na cidade de Bucha, perto de Kiev, e depois a cidade de Irpin, onde os ataques com mísseis se concentraram em áreas residenciais”, disse o gabinete da presidência sul coreana em comunicado. “O presidente Yoon visitará o memorial para os mortos na guerra para depositar uma coroa de flores e vai ter uma reunião com Volodymyr Zelensky”.
A Coreia do Sul, o nono maior exportador de armas do mundo, tem enviado assistência humanitária à Ucrânia e também vendeu tanques à Polónia, um importante aliado de Kiev na luta contra as forças russas.
No entanto, o país tem uma política de longa data de não fornecer armas a zonas de conflito ativo, que tem mantido apesar dos repetidos pedidos dos Estados Unidos, dos aliados europeus e da Ucrânia para enviar mais ajuda.
A reunião do presidente sul coreano com Zelensky, que já incentivou Seul a considerar o fornecimento de armas diretamente a Kiev, deverá concentrar-se no fornecimento de ajuda da Coreia do Sul ao país.
A Coreia do Sul, que tecnicamente permanece em guerra com a Coreia do Norte, produz volumes significativos de armamento compatível com a OTAN, incluindo tanques e munições muito procuradas.
Seul deu a entender que poderá reconsiderar a sua política de não fornecer armamento no início do ano quando Yoon Suk Yeol afirmou que um ataque russo em grande escala contra civis poderia alterar a posição do país.
No entanto, a Coreia do Sul rejeitou, em maio, as afirmações de uma reportagem de um meio de comunicação social americano de que os seus projéteis estariam a caminho da Ucrânia, dizendo que a sua posição de não fornecer armamento a Kiev permanece inalterada.
Especialistas alertam que a Coreia do Sul está numa posição complicada devido aos seus laços económicos com a Rússia, o seu 15º maior parceiro comercial em 2022, bem como a influência de Moscovo sobre a Coreia do Norte.
Fonte: dn.pt