O primeiro-ministro húngaro, o ultranacionalista, Viktor Orbán, acusou esta sexta-feira o Ocidente de querer prolongar a guerra na Ucrânia e que, por isso, a Hungria está a “preparar-se” para um conflito prolongado.
“Os ocidentais querem a guerra. Existe uma maioria de países que apoia a guerra”, afirmou Órban à rádio pública Kossuth sem nunca referir diretamente a Rússia como o país que iniciou a invasão em fevereiro do ano passado.
Sobre as intenções de Kiev em integrar a OTAN, o primeiro-ministro da Hungria considerou que se trata de uma aspiração compreensível mas errada.
“São compreensíveis as exigência ucranianas (de integração na Aliança Atlântica) mas se fosse cumprida acabaríamos envolvidos na Terceira Guerra Mundial”, considerou Órban falando da última Cimeira da OTAN que se realizou em Vilnius.
O chefe do Executivo húngaro criticou ainda o estilo de comunicação dos líderes ucranianos porque, disse, “é agressivo e exigente”.
Por outro lado, acusou os países que enviam armas para a Ucrânia de “se afastarem da paz”.
A Hungria ainda não ratificou a adesão da Suécia na OTAN sendo que Órban ainda não indicou quando é que o assunto vai ser levado ao Parlamento de Budapeste.
Órban é considerado o líder do bloco europeu mais próximo de Moscou mas, apesar das críticas sobre as sanções contra a Rússia – por causa da invasão da Ucrânia – aprovou todos os pacotes restritivos adotados pela União Europeia contra Moscou.
Fonte: dn.pt