Pelo menos seis pessoas morreram e outras 12 ficaram feridas num ataque com explosivos “sem precedentes” contra as forças de segurança, que ocorreu perto de Guadalajara, no oeste do México.
“É algo que nunca vimos antes”, frisou esta quarta-feira o governador de Jalisco, Enrique Alfaro, que lidera um dos estados mais violentos do país, que regista 1.095 homicídios e 750 desaparecimentos desde o início do ano.
O governador denunciou “um brutal ato de terror” que representa um “desafio ao Estado mexicano como um todo”.
Neste país acostumado à violência, os ataques com explosivos continuam relativamente raros, noticiou a agência France-Presse (AFP).
O governador apontou a responsabilidade ao “crime organizado”, sem mencionar especificamente o Cartel Jalisco Nova Geração (CJNG), um dos dois mais proeminentes do México.
Três polícias estão entre as vítimas, acrescentou o governador, sendo que o ataque também matou dois civis, segundo o procurador citado pelo jornal Milenio.
Jalisco, um dos estados mais violentos do México
Nesta cidade perto de Guadalajara, cerca de 200 corpos foram encontrados este ano em valas comuns. Estas são as alegadas vítimas da guerra entre os cartéis.
As forças de segurança visadas pelo ataque à bomba deslocaram-se na terça-feira à noite ao local da possível descoberta de uma vala comum, depois de uma chamada anónima recebida pelo representante de uma das organizações civis que procuram os desaparecidos.
De acordo com informações da filial local do canal de televisão Televisa, a explosão ocorreu perto de um veículo que transportava a polícia.
Jalisco é o Estado mexicano (32 no total) com o maior número de desaparecidos, com cerca de 15.000 de um total de 111.203 registrados desde 1962.
Em junho, um agente da Guarda Nacional morreu e outros ficaram feridos numa explosão de um carro-bomba no Estado de Guanajuato.
No domingo passado, no Estado vizinho de Michoacan, uma pessoa ficou ferida num ataque à bomba através de ‘drone’ na aldeia de Apatzingan.
O objetivo é “enfraquecer a força de ataque de rivais de outros cartéis, bem como forças de segurança, e causar terror entre a população civil”, defendeu o consultor de segurança David Saucedo, que falou à AFP sobre ‘narcoterrorismo’.
Fonte: msn.pt