Está chegando o tempo do pequi

No Tocantins, é tempo da florada do pequi. Dentro de aproximadamente 60 dias já começam a cair os primeiros frutos. Os pratos mais conhecidos feitos com pequi são arroz com pequi, arroz com pequi e guariroba, palmito de babaçu, frango caipira ao molho, carne de sol.

O dono de um grande restaurante de Goiânia chegou no Ceasa bem cedo para fazer compras para o seu estabelecimento e foi a uma distribuidora de pequi. Perguntou ao vendedor os preços das sacas dos produtos. “Quanto custa esse aqui?” Perguntou apontando para uma pilha de sacos de pequi. O vendedor respondeu: “Esse aí custa R$70,00 o saco de 40 quilos”. O empresário, então, perguntou quanto custava o saco de uma outra pilha. O vendedor respondeu: “esse aí custa R$90,00 o saco de 40 quilos”. O comerciante andou mais um pouco e apontou para mais uma pilha de sacos de pequi e perguntou o preço de cada saco ao vendedor. Então, o vendedor disse: “esse aí custa R$130,00 o saco de 40 quilos”. “Mas, por que este pequi deste monte é tão mais caro que os demais?”, indagou o comprador.

Com o conhecimento de quem trabalha há mais de 30 anos no Ceasa de Goiânia vendendo pequi, o vendedor explicou: “esse pequi é do Tocantins; é um produto de alta qualidade, rigorosamente selecionado pela própria natureza. Aquela região do Brasil é onde se produzem os melhores frutos dessa espécie, do tipo drupáceo de casca fina verde-acinzentada, grande, às vezes ultrapassando dez cm de diâmetro, com quatro a seis lóculos; o mesocarpo é fibroso e rico em tanino; a polpa apresenta coloração de amarelada a alaranjada, é gordurosa e comestível; o endocarpo é duro e lenhoso, muricado ou espinuloso na superfície externa e, eventualmente, separa-se em mericarpos com uma semente. O peso do fruto varia de 30 g a 400 g. Os frutos contêm geralmente de uma a duas sementes e, raramente, três a quatro sementes, que são castanhas, reniformes, com os espinhos medindo cerca de quatro mm de comprimento”.

Tempo do Pequi

No Tocantins, é tempo da florada do pequi. Dentro de aproximadamente 60 dias já começam a cair os primeiros frutos; com isso, tem início a festa dos feirantes, dos caminhoneiros e dos trabalhadores que atuam no extrativismo vegetal fazendo da colheita do pequi um grande negócio.

O pequizeiro frutifica a partir do fim de agosto até o final do mês de março. Os frutos caem normalmente quando maduros e são coletados no chão, eliminando-se os frutos estragados e malformados. Caso a colheita seja feita na árvore, deve-se observar se o fruto está completamente desenvolvido e maduro. Dentre os frutos do cerrado, o pequi é o que dá mais retorno para os extrativistas, tendo em vista a abundância da sua produção e a grande procura no mercado, desde feiras livres, ambulantes, restaurantes e churrascarias às grandes redes de supermercados, atacarejos, pequenas e grandes indústrias. Até o picolé de pequi é muito procurado por quem gosta do sabor exótico desse fruto do cerrado.

O pequi, que tem sido tema de livros, poemas e músicas sertanejas, é um alimento de origem nativa do cerrado brasileiro, usado basicamente na culinária do Centro-oeste, Norte e parte do Sudeste e do Nordeste. Uma grande diversidade de pratos é feita e recomendada por cozinheiros, nutricionistas, nutrólogos, com o pequi in natura e em conserva. Os pratos mais famosos e populares são arroz com pequi, arroz com pequi e guariroba, palmito de babaçu, frango caipira ao molho, carne de sol. Mas a criatividade dos amantes da gastronomia coloca essa iguaria no topo dos seus pratos, principalmente quando se trata de festivais gastronômicos.

Foto: Reprodução

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