Durante debate no Plenário do Senado Federal com o tema ‘Os fertilizantes no Brasil’, os participantes afirmaram que o país tem potencial de se tornar o maior produtor mundial de fertilizantes, mas atualmente produz apenas 20% do que precisa. A sessão foi ideia do senador Laércio Oliveira (PP/SE), que também presidiu a reunião e é autor do Projeto de Lei 699/2023, que cria o Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes. A proposição tem como relator o senador tocantinense Eduardo Gomes (PL/TO).
O texto busca busca estimular a produção nacional e prevê benefícios para empresas do setor que invistam na compra de equipamentos e máquinas, na contratação de serviços e na construção de novas fábricas, explicou o senador. Na ocasião, Gomes afirmou que vai apresentar o seu relatório o mais breve possível e que o projeto pode ser aprovado pelo Senado e pela Câmara ainda este ano. “Entendemos que melhorar a oferta de fertilizantes e de produção no país é urgente”, avaliou o senador tocantinense.
Dados
“Apesar de alimentar cerca de 800 milhões de pessoas no mundo, o Brasil é dependente do mercado internacional e importa, pelo menos, 80% dos fertilizantes usados para melhorar a produtividade e a qualidade de nossas lavouras. Para complicar este cenário, a atual guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que já completou 16 meses, agravou a dependência e afetou a economia brasileira, com impactos na agricultura e na segurança alimentar”, afirmou Laércio.
De acordo com ele, a Rússia produz 23% dos fertilizantes importados pelo Brasil. No total, apenas em 2021, o Brasil gastou cerca de US$ 15 bilhões importando fertilizantes. O senador disse que o país precisa encontrar outros países que vendem esses insumos, para diversificar as importações, e aumentar a produção nacional de adubos orgânicos. Ele pediu apoio ao Plano Nacional de Fertilizantes, cujo objetivo é reduzir a dependência brasileira de fertilizantes estrangeiros para em torno de 50% até 2050.
Com informações da Agência Senado
Foto: Rone Souza/Divulgação