Biden elogia relação sólida com Reino Unido durante breve visita ao país

Os EUA e o Reino Unido são "dois dos mais fortes aliados" da OTAN e "concordaram com a necessidade de assegurar que a Suécia tenha uma via rápida para a plena adesão à OTAN.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, destacou nessa segunda-feira a relação sólida entre o seu país e o Reino Unido antes de um encontro breve que manteve com o primeiro-ministro britânico em Londres.

Joe Biden elogiou a relação entre os dois países no início de um encontro de cerca de 40 minutos com Rishi Sunak, que teve direito a passadeira vermelha, o que nem sempre acontece nas visitas de líderes estrangeiros.

“Não poderia encontrar um amigo mais próximo e um maior aliado”, afirmou o democrata, em breves declarações proferidas no início.

Rishi Sunak concordou que os EUA e o Reino Unido são “dois dos mais fortes aliados” da OTAN e devem encontrar formas de “reforçar a nossa cooperação e a segurança econômica conjunta em benefício dos nossos cidadãos”.

O apoio à Ucrânia era o principal ponto na agenda da reunião entre Biden e Sunak na residência oficial do chefe de Governo britânico, em Downing Street, na véspera da reunião de cúpula da OTAN em Vilnius, Lituânia, entre terça e quarta-feira.

Kiev deverá receber nos próximos dias mais promessas de fornecimento de armas e de progresso no processo de adesão à Aliança, mas Biden já disse que a entrada para a Aliança do Atlântico só deverá acontecer após o fim da guerra.

O chefe de Estado norte-americano chegou em Londres no domingo à noite. A visita pretende ser um sinal da proximidade entre os dois países, cujos dirigentes se reuniram cinco vezes nos últimos cinco meses.

Porém, a imprensa britânica tem dado conta de tensão nas relações entre os dois países, mais recentemente devido à alegada falta de apoio de Washington à candidatura do ministro da defesa britânico, Ben Wallace, à liderança da OTAN.

A chamada “relação especial” tinha sido abalada antes pela ausência do Presidente dos EUA na coroação de Carlos III em maio, representado pela esposa Jill, e pelas críticas à forma como Londres tem tratado a situação da Irlanda do Norte desde o Brexit.

No fim de semana, Rishi Sunak evitou apoiar o anúncio da Casa Branca de fornecer à Ucrânia bombas de fragmentação, que são proibidas em muitos países da OTAN.

O primeiro-ministro britânico salientou no sábado que o Reino Unido é signatário da Convenção de Oslo de 2008, que proíbe a produção e utilização destas armas, pelo que “desencoraja” a sua utilização.

À tarde, o Presidente norte-americano vai tomar chá com Carlos III, na residência real do Castelo de Windsor, a oeste de Londres.

Os dois chefes de Estado deverão falar principalmente sobre o ambiente, segundo a Casa Branca, nomeadamente as conclusões de um fórum sobre financiamento climático nos países em desenvolvimento.

Reino Unido e EUA concordam sobre adesão rápida da Suécia

A Suécia deve poder aderir à OTAN rapidamente, concordaram nesta segunda-feira o Presidente dos EUA e o primeiro-ministro britânico durante um encontro em Londres, adiantou um porta-voz do governo britânico.

O norte-americano Joe Biden e o britânico Rishi Sunak “concordaram com a necessidade de assegurar que a Suécia tenha uma via rápida para a plena adesão à OTAN”, referiu o porta-voz.

A Turquia e a Hungria são os únicos países que se opõem à adesão da Suécia.

Apesar de terem discutido e reiterado o apoio à Ucrânia, o formato de adesão deste país à Aliança Atlântica não foi mencionado na reunião de cerca de 40 minutos na residência oficial do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, em Downing Street.

Biden afirmou em entrevista ao canal americano CNN durante o fim de semana que não há unanimidade entre os aliados sobre as perspectivas de incluir Kiev “em plena guerra”, pelo que terá de esperar pelo fim do conflito desencadeado pela invasão da Rússia em fevereiro de 2022.

O Reino Unido é favorável a uma aceleração do processo, o qual deverá ser abordado durante a reunião de cúpula da OTAN em Vilnius, Lituânia, entre terça e quarta-feira.

Segundo o porta-voz de Sunak, os dois líderes “discutiram os progressos da contraofensiva [ucraniana] e sublinharam a importância de os parceiros internacionais do país se empenharem na sua defesa a longo prazo, prestando o apoio de que a Ucrânia necessita para vencer esta guerra”.

Ainda sobre política externa, falaram especificamente da região do Indo-Pacífico e da situação no Irão.

Biden chegou a Londres no domingo à noite e iniciou hoje uma breve visita inferior a 24 horas, que inclui um encontro com o Rei Carlos III.

Depois de Londres e da reunião de cúpula da OTAN em Vilnius, na terça e quarta-feira, Joe Biden deslocar-se-á à Finlândia para uma reunião com os líderes nórdicos.

Fonte: dn.pt

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