Casa Branca confirma envio de munições de fragmentação para a Ucrânia

Os Estados Unidos confirmaram esta sexta-feira que vão enviar munições de fragmentação para a Ucrânia, defendo esta como "a coisa certa a fazer" para ajudar Kiev na contraofensiva.

Até agora, Washington tinha rejeitado enviar este tipo de armamento, que mais de 120 países concordaram em proibir a nível internacional, mas o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, anunciou que a iniciativa foi aprovada pelo Presidente norte-americano Joe Biden “após recomendação unânime”.

A decisão surge apesar das preocupações generalizadas de que estas munições possam causar vítimas civis, segundo fontes próximas do dossiê citadas pela Associated Press.

Há muito procuradas pela Ucrânia, as munições de fragmentação libertam submunições que se espalham por uma grande área e visam causar destruição em vários alvos ao mesmo tempo.

As autoridades ucranianas pediram as armas para alavancar a sua campanha e passar pelas linhas de tropas russas, na contraofensiva em andamento. As forças russas já usam munições destas, também conhecidas como cluster, no campo de batalha, disseram autoridades dos Estados Unidos.

As munições de fragmentação podem ser disparadas pela artilharia que Washington forneceu à Ucrânia, e o Pentágono tem um grande stock das mesmas.

O último uso em larga escala de munições de fragmentação por parte dos Estados Unidos foi durante a invasão do Iraque, em 2003, de acordo com o Pentágono, e as forças norte-americanas consideraram essas munições uma arma-chave durante a invasão do Afeganistão, em 2001, de acordo com a Human Rights Watch.

Nos primeiros três anos desse conflito, estima-se que a coligação liderada pelos Estados Unidos tenha lançado mais de 1.500 bombas ‘cluster’ no Afeganistão.

Os defensores da proibição das armas de fragmentação dizem que elas matam indiscriminadamente e colocam civis em perigo muito tempo depois do seu uso e algumas ONG alertaram para as consequências da utilização dessas munições pela Rússia na Ucrânia.

Uma convenção que proíbe o uso de bombas de fragmentação foi acompanhada por mais de 120 países que concordaram em não usar, produzir, transferir ou armazenar as armas e destruí-las depois de usadas.

Os Estados Unidos, Rússia e a Ucrânia estão entre os países que não assinaram essa convenção.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Fonte: tsf notícias

Notícias Relacionadas
Continue Lendo
Rede Jovem News