O adeus a Siqueira Campos

Velório acontece no Palácio Araguaia com estrutura para receber 3 mil pessoas.

Um caminhão do Corpo de Bombeiros puxou um cortejo levando o corpo do ex-governador Siqueira Campos, da funerária até o Palácio Araguaia, às 7 h da manhã desta quarta-feira, 5 de julho. O momento de emoção e tristeza também foi bonito, pois carros seguiam o caminhão silenciosamente e, na chegada, o caixão estava envolto na bandeira do estado do Tocantins. Esse momento foi de muita comoção para políticos, autoridades e populares que já aguardavam na entrada do Palácio Araguaia, sede do governo do estado, construída no primeiro mandato de Siqueira como governador, no recém-criado Tocantins. O detalhe é que  próprio Siqueira Campos desenhou essa bandeira, a bandeira dos tocantinenses.

 

O atual governo do Tocantins montou uma estrutura para receber a multidão que comparece para dar o último adeus a Siqueira Campos. Nas redes sociais, as pessoas que trabalharam com ele, os vizinhos, amigos e familiares postaram fotos em homenagem ao criador do Tocantins, relembrando histórias vividas com ele.

 

A estrutura montada para o velório tem grades de proteção para a passagem das pessoas, cadeiras e tendas na área externa norte da Praça dos Girassóis, que, diga-se de passagem, foi idealizada por Siqueira Campos e por ele entregue à população. É a maior praça do Brasil e uma das maiores do mundo.

 

As pessoas que acompanham o velório se emocionam ao falar do ex-governador. “Eu cheguei aqui, em Palmas, em 1989, quase que junto com ele, o Siqueira, e aqui fiz minha vida, minha família e me aposentei. Eu sou um dos trabalhadores que construíram esse palácio”, disse Raimundo Nonato Silva Rodrigues, em lágrimas, na manhã deste dia que marcará a história. Ele acompanha o velório no meio dos populares que estão no local manifestando suas condolências.

 

“A saudade nunca vai passar, mas, mais que a saudade, eu tenho lembranças muito boas da época que trabalhei com o Siqueira , aqui no Palácio. Ele sempre foi um pai pra mim e meus filhos” disse Maria Santana Souza Aguiar, copeira.

 

“A gente sente muito a partida dele (Siqueira Campos) porque tudo que temos em Palmas é graças a ele. Eu trabalhei por mais de 10 anos na casa dele, todas as residências do governador Siqueira, eu trabalhei. No Palacinho, na 14 (Arse 15, casa conhecida como Barracão da Vitória), na 21… Então, se eu tenho lote e casa própria, foi ele quem me ajudou a conquistar e ainda ajudou com material pra construir nossa casa, minha e da minha família. Assim foi com todos que trabalhavam com ele. Naquela época eram 19 funcionários e ele cuidava de cada um como se fosse um filho dele”, disse Carlos Maurício Pinto de Souza.

 

Foto: G1 Tocantins

 

 

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