Nas primeiras declarações públicas sobre a rebelião do mês passado liderada por Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner, o ministro da Defesa russo elogiou, esta segunda-feira, a “lealdade” do exército.
“Os planos falharam principalmente porque os militares das Forças Armadas mostraram lealdade ao juramento e dever militar”, disse Sergei Shoigu.
O ministro da Defesa, citado por agências de notícias, afirmou que os militares russos na Ucrânia “continuaram com coragem e abnegação a realizar as tarefas que lhes foram atribuídas”, apesar da rebelião armada na Rússia.
O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, foi um crítico incansável de Shoigu antes da tentativa de fazer cair as lideranças militares russas, nomeadamente o ministro da Defesa e chefe de Estado Maior, Valery Gerasimov.
A televisão estatal transmitiu imagens de Shoigu a inspecionar as tropas russas na Ucrânia poucos dias após a rebelião armada, mas segundo observadores as filmagens ocorreram antes da ação levada a cabo pelo grupo de mercenários.
Mais tarde, o responsável pela pasta da Defesa na Rússia apareceu numa reunião com o presidente Vladimir Putin, sem fazer nenhuma declaração pública.
Vários altos funcionários não apareceram em público desde a insurreição, incluindo Gerasimov e o general Sergei Surovikin, alimentando os rumores de uma possível purga nas forças armadas da Rússia.
Fonte: dn.pt