Com muita luta, bom futebol e quase sem conceder oportunidades ao adversário, o Botafogo conseguiu mais uma grande vitória neste domingo, 2 de julho, ao derrotar o Vasco da Gama por 2 x 0 no Nilton Santos (Engenhão), no clássico carioca da 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o líder Fogão chegou a 33 pontos, sete a mais do que o segundo colocado Grêmio. Já o Vasco, afundado na zona do rebaixamento, é o 18º colocado com apenas nove pontos.
O duelo marcou um confronto de técnicos interinos – Cláudio Caçapa pelo Botafogo e William Almeida pelo cruzmaltino.
Os dois gols do líder foram marcados no segundo tempo – Luiz Henrique, aos oito minutos, e Carlos Alberto, no quinto minuto de acréscimo. No entanto, o Botafogo poderia ter aberto o placar já na primeira parte. Aos 16 minutos, Léo Jardim fez grande defesa em uma cabeçada muito boa de Tiquinho Soares no canto. Um minuto depois, em cobrança de falta lateral, Adryelson cabeceou livre para fora. Aos 34 minutos, Tchê Tchê apareceu na cara do gol, mas foi desarmado pelo goleiro Léo Jardim. Aos 43 minutos, Júnior Santos cabeceou, após cobrança de escanteio, e a bola passou do lado da trave direita, levando muito perigo. Aos 46 minutos, quase um golaço espetacular. Luiz Henrique fez boa jogada pela esquerda, cruzou e Tiquinho Soares, de bicicleta, acertou um lindo chute sem chances de defesa para o goleiro. Mas a bola passou a centímetros da trave esquerda.
No segundo tempo, o Vasco até tentou atacar um pouco mais, mas o domínio seguia do líder do campeonato. Aos oito minutos, enfim, o placar era aberto. Luis Henrique recebeu passe de Eduardo, avançou pela esquerda e fez bela boa tabela com Tiquinho Soares, saindo na cara do gol de Léo Jardim. O ponta atirou bem, por baixo do goleiro: 1 x 0. Aos 23 minutos, quase todo o trabalho do Botafogo vai por água abaixo. Adryelson errou feio, perdeu a bola para Alex Teixeira que, cara a cara com o goleiro, não empatou a partida – o goleiro botafoguense Lucas Perri defendeu com as pernas. Foi a única chance real do Vasco em toda a partida.
Aos 26 minutos, Léo Jardim brilhou ao defender bom cabeceio de Júnior Santos. O Botafogo, mesmo com a vantagem, seguia atacando para fazer o gol da tranquilidade, enquanto o Vasco se lançava à frente na busca desesperada do empate. A situação só foi definida nos acréscimos, quando Carlos Alberto arrancou pela esquerda, entrou na área, passou por Puma Rodrigues e atirou com precisão: 2 x 0, para a festa dos 38,8 mil presentes no estádio.
Embora fosse um clássico carioca, o Vasco estava impedido de ter torcedores por causa da punição do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Durante a partida, o Botafogo foi superior na posse de bola (58% x 42%), nas finalizações (16 x 10) e nas conclusões certas (6 x 4).
Furacão reage e arranca empate com Palmeiras
Mesmo estando perdendo de 0 x 2 aos 12 minutos da segunda etapa, o Athletico Paranaense reagiu e conseguiu empatar a partida pelo placar de 2 x 2 na Ligga Arena com 33,1 mil pessoas. Com o resultado, o Furacão é o nono com 20 pontos e o Verdão, o quarto com 23 pontos.
O jogo começou muito complicado para os donos da casa, mesmo com o Palmeiras tendo poupado muitos titulares. Com um minuto, Endrick foi agredido dentro da área por Zé Ivaldo, mas o árbitro não viu. Chamado pelo VAR, confirmou o pênalti e deu apenas amarelo para o defensor paranaense.
O próprio Endrick bateu o pênalti e Léo Linck, no seu primeiro jogo no Campeonato Brasileiro, defendeu. O Furacão tomou conta das ações ofensivas, com várias chegadas, mas faltou precisão nos passes finais e nas conclusões. Aos 22 minutos, Endrick se redimiu e, de peixinho, completou excelente cruzamento de Breno Lopes pela direita, em jogada de velocidade: 0 x 1.
O jogo ficou com os dois times se atacando de parte a parte. O Furacão teve oportunidade com Christian, que finalizou para fora em uma jogada onde o goleiro Weverton já estava batido. Aos 44, Endrick acertou a trave após uma troca de passes rápidos do Palmeiras e, por pouco, não ampliou o placar para os verdes.
Na segunda etapa, iniciativa total do Furacão, que buscava o empate de tudo que é jeito. Porém, as dificuldades cresceram ainda mais aos 12 minutos, quando Gabriel Menino tabelou com Breno Lopez e, em um lance de sorte, chutou desviado no zagueiro enganando o goleiro paranaense: 0 x 2.
Com a enorme desvantagem, o Furacão seguiu atacando. Depois de muita pressão, conseguiu um pênalti, com chute bloqueado com a mão por Gustavo Garcia. O defensor verde já tinha amarelo e foi expulso. Victor Bueno cobrou e marcou: 1 x 2, aos 22 minutos. Com um jogador a mais, o Furacão seguia no ataque, finalizando, até que Vitor Roque empatou de cabeça depois de excelente jogada coletiva: 2 x 2, aos 28 minutos. Havia tempo para a virada, os paranaenses foram para cima, conseguiram boas finalizações, mas nenhuma chance clara.
O Furacão terminou o jogo com ampla superioridade nas finalizações (27 x 10), empatado nas conclusões certas (5 x 5) e com mais posse de bola (54% x 46%).
Galo abre vantagem sobre rival, mas cede empate
Em jogo muito movimentado e com diversas oportunidades de gol para ambos os lados, Atlético Mineiro e América empataram pelo placar de 2 x 2, diante de 34,5 mil pessoas no Mineirão, em Belo Horizonte. O Galo, que começou ganhando com apenas dois minutos de jogo e abriu dois gols de vantagem, acabou decepcionando a imensa massa presente no estádio. Já o Coelho, que teve muita raça, mostrou ser possível sair da zona de rebaixamento e ter dias melhores no campeonato.
Ao longo da partida, o América finalizou muito mais (12 x 23), acertou uma a mais no alvo (5 x 6) e teve superioridade na posse de bola (47% x 53%). Os números também refletem a necessidade de o Coelho buscar o resultado, pois o time estava perdendo até os 27 minutos do segundo tempo.
Os gols do Galo foram marcados no primeiro tempo por Zaracho, aos 2 minutos, e Hulk, aos 28 minutos. Na segunda etapa, o centroavante reserva Gonzalo Mastriani, que havia entrado aos 38 minutos de jogo após lesão de Aloísio, foi o grande destaque, marcando duas vezes: aos 13 minutos, de cabeça, e aos 27 minutos, de letra.
Além dos gols, a partida ainda teve várias outras oportunidades. O Galo terminou a rodada em décimo, com 20 pontos. O Coelho é penúltimo, com nove pontos.
Frustração na Neo Química Arena
O apoio da quase totalidade das 42,4 mil pessoas presentes na Neo Química Arena não foi suficiente para o Corinthians ter um bom resultado na manhã deste domingo. O Timão foi derrotado por 0 x 1 para o Bragantino, gol de Eduardo Sasha, aos 17 minutos da primeira etapa. Ao longo do jogo, um certo equilíbrio nas estatísticas, com os mandantes tendo mais finalizações (12 x 10) e ambos os times concluindo quase a mesma quantidade no alvo (4 x 5).
Contudo, o controle da partida e o domínio técnico foi do Bragantino, que teve muito mais posse de bola (40% x 60%). Antes de levar o gol, o Corinthians teve duas boas chegadas – um chute no canto de Maycon, defendido por Cleiton, e um arremate por cima de Juan de dentro da área, após boa jogada individual.
Aos 17 minutos, porém, o balde de água fria nas pretensões do Timão. Juninho Capixaba lança Thiago Borbas, que, de primeira, escora com o peito para Eric Ramires. Ele cruza rasteiro para o meio da área e Eduardo Sasha aparece para completar para o gol: 0 x 1. A partir disso, os dois times trocaram ataques com certo perigo, mas sem chances muito claras de gol até o final do primeiro tempo.
Na segunda etapa, logo aos três minutos, o Corinthians acertou a própria trave, em quase gol contra de Ruan, na tentativa de cortar um ataque do Bragantino dentro da área. Aos 15 minutos, Yuri Alberto cabeceou forte, mas a bola foi para fora, perto do gol. Enquanto corria riscos de levar o segundo gol, o Corinthians teve algumas chegadas e três bons ataques até o final da partida, mas nenhuma das conclusões com claridade para chegar ao empate.
O Corinthians é 16º com 12 pontos e torce contra o Goiás nesta segunda-feira para não voltar à zona de rebaixamento. O Bragantino, com a terceira vitória seguida na competição, é quinto colocado com 23 pontos.
Cuiabá agrava crise do Santos
A crise no tradicional Santos não para de se agravar. Na noite deste domingo, o alvinegro da Vila foi patrolado pelo Cuiabá na Arena Pantanal. O placar de 3 x 0 em favor do Dourado foi todo construído no segundo tempo: Deyverson, aos oito minutos de cabeça após cobrança de escanteio; Denílson em lindo chute de jogada ensaiada em cobrança de falta aos 30 minutos; Rikelme, em chutaço de fora da área aos 41 minutos.
O primeiro tempo teve um certo equilíbrio, com duas chances reais do Cuiabá, uma com Jonathan Cafu, bloqueado pela zaga, e a outra com Raniele, que obrigou o goleiro santista João Paulo a fazer um milagre em uma forte cabeçada. O Santos teve uma chegada com Marcos Guilherme, que Walter fez uma boa defesa em dois tempos.
No segundo tempo, o Cuiabá tomou conta da partida. Além dos três gols, teve alguns ataques com bastante perigo e, com mais sorte e precisão nas finalizações, talvez tivesse feito um placar ainda maior.
Com um pouco menos de posse de bola (48% x 52%), o Cuiabá teve ampla superioridade nas finalizações (15 x 5) e nas conclusões certas (6 x 2). O Santos emendou 12 partidas seguidas por todas as competições sem vitória. No Brasileirão, o time do Rei Pelé aproxima-se perigosamente da zona de rebaixamento – é 14º, com 13 pontos, só dois a mais que o primeiro na linha dos que iriam para a Segunda Divisão. O Dourado é o 13º com 15 pontos.
Goiás tenta sair da zona de rebaixamento nessa segunda-feira
Nessa segunda-feira, às 20 horas, no Estádio Hailé Pinheiro (Serrinha), o Goiás recebe o lanterna Coritiba. Caso vença, o Goiás vai a 14 pontos e sairá da zona de rebaixamento, empurrando o Corinthians para a pior parte da classificação. O Coxa Branca, por sua vez, busca a primeira vitória no campeonato. O jogo terá transmissão exclusiva do Premiere.
Confira, abaixo, os gols e melhores momentos de todas as partidas deste domingo, 2 de julho:
Athletico Paranaense 2 x 2 Palmeiras
Atlético Mineiro 2 x 2 América
Fotos: Vitor Silva/Botafogo, Vinícius Oliveira/Bragantino e Assessoria do Cuiabá