Policiais do TO fazem curso sobre direitos de pessoas LGBTQIAPN+ presas; dados revelam quantidade no estado

O sistema prisional brasileiro tinha 12.356 pessoas privadas de liberdade autodeclaradas LGBTI, de uma população carcerária total de mais de 832 mil presos, nas 27 unidades da federação, segundo dados do Relatório de Presos LGBTI, da Secretaria Nacional de Políticas Penais, em 2022.

Policiais penais do Tocantins e de quatro outros estados estão participando de cursos para atualizar seus conhecimentos a respeito do tratamento digno que deve ser dado à população LBGTQIAPN+ privada de liberdade, sob tutela do estado brasileiro. A nomenclatura representa lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer, intersexuais, assexuais, pansexuais e não-binários.

No Tocantins, segundo dados de 2022 do Mapeamento Nacional da População LGBTI, realizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, são 11 gays, três homens bissexuais, uma lésbica, uma mulher bissexual, um homem trans, totalizando 17 pessoas autodeclaradas. O curso pretende apresentar noções jurídicas sobre direitos humanos, igualdade e não discriminação pela orientação sexual e identidade de gênero da pessoa privada de liberdade.

Dentre essa população LGBTI autodeclarada, oito são presos(as) provisórios(as) e nove são presos(as) condenados(as); apenas uma pessoa é acompanhada por Defensor Público; cinco são pessoas brancas, três são pretas e oito são pardas. A faixa etária com maior número de pessoas detidas está entre 18 e 29 anos (oito no total).

Capacitação

A iniciativa é promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) e a Força de Cooperação Penitenciária (Focopen). O segundo curso com este tema está agendado para 6 de julho, na Academia de Polícia Penal, do município de Itaquitinga (PE).

O secretário Nacional de Políticas Penais do MJSP, Rafael Velasco Brandani, entende que é um tema muito importante. “O Brasil liderara o ranking dos países que mais matam LGBTQIA+. A privação de liberdade não pressupõe a privação de dignidade”, destacou.

Com informações da Agência Brasil
Foto: Seciju/Governo do Tocantins 

 

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