Palmas foi a oportunidade que milhares de brasileiros tiveram para alcançar liberdade financeira e prosperidade. Muitos aproveitaram para conquistar posições altamente elevadas e privilegiadas – nas áreas financeira, social, eclesiástica e profissional – e hoje são detentores de invejáveis patrimônios, bens materiais, riquezas, boas profissões e cargos no serviço público nesta capital. Outros, porém, não tiveram a mesma sorte ou inteligência financeira para conquistar bens, riquezas e posições relevantes em Palmas. Há, ainda, aqueles que desistiram do sonho palmense e voltaram para as suas cidades e estados de origem ou foram para outros lugares.
Num período de pouco mais de três décadas, lamentavelmente, se veem, na cidade, muitos pioneiros que tiveram todas as oportunidades do mundo para fazer grandes aquisições, empreender, investir, construir, seguir uma boa carreira ou conquistar bons cargos públicos, estudar e fazer boas faculdades, mas ficaram estagnados e parados no tempo, perdendo, assim, todas as chances que Palmas lhes oferecia, desde 1989, quando a cidade foi fundada.
Boas oportunidades ainda existem, mas são muito escassas e precisam ser garimpadas, além de exigir que se enfrente grande concorrência, com competidores muito bem preparados, especialmente na área empresarial, na prestação de serviços e nos concursos públicos, quando aparecem (porque hoje essas seleções são raras).
Ao longo de sua história, principalmente entre os anos 1990 e 2015, Palmas tem se destacado, em nível nacional, como grande produtora de novos milionários. Muita gente que hoje está na lista dos grandes milionários do estado chegou em Palmas muito pobre ou com pouquíssimos recursos. As oportunidades foram surgindo e esses desbravadores foram aproveitando, com inteligência e muita vontade vencer. Eles não tiveram moleza; tudo o que conquistaram foi com luta, suor, trabalho e economia. Nada veio de mãos beijadas ou facilidades, mas o sacrifício valeu apena, proporcionando-lhes uma vida economicamente confortável, segurança e estabilidade financeira, além de novas possibilidades de crescimento, inclusive para os seus descendentes.
Mas também, com tristeza, observam-se pessoas que chegaram em Palmas há várias décadas vivendo aperreadas, morando em casa alugada, andando de ônibus, sobrevivendo de subempregos, bicos e necessitando de programas sociais do governo. Podem até reclamar da sorte, mas, como dizem os business management specialists e specialists coaching: “A sorte não bate na porta de ninguém às 5 horas da manhã”. E tem, ainda, aquele provérbio africano que diz: “Toda manhã na África a gazela acorda. Ela sabe que precisa correr mais rápido que o mais rápido dos leões para sobreviver. Toda manhã na África um leão acorda. Ele sabe que precisa correr mais rápido que a mais lenta das gazelas ou morrerá de fome”. Para essas pessoas, embora tenham perdido muito tempo, ainda há tempo para deixar de perder tempo e aproveitar o tempo que resta.
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