A vestimenta da mulher sempre foi vista pela sociedade como um “cartão postal” do seu comportamento, perfil social e da sua religiosidade. A cultura sobre o que a mulher veste – ou deixa de vestir – é um assunto bastante comentado dentro dos segmentos religiosos, tanto dentro do cristianismo, como em outras grandes religiões, como, por exemplo, o islamismo e o hinduísmo.
No Brasil, o comportamento das mulheres evangélicas é diferenciado. Não é difícil identificar uma mulher cristã evangélica pelas suas indumentárias, acessórios de moda e estilo de roupas. As igrejas mais tradicionais, como Congregação Cristã no Brasil (CCB – a igreja do véu), Igreja Adventista do Sétimo Dia, Deus é Amor, algumas Assembleias de Deus, Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mórmons), Testemunha de Jeová e outras, orientam as mulheres a usarem vestidos ou saias, blusas com mangas longas ou médias, cabelos longos, poucos acessórios ou joias – ou nada. Nessas igrejas, as calças são permitidas basicamente para frequentarem escolas ou para trabalhar.
Nas igrejas pentecostais e neopentecostais, as vestimentas das mulheres já não obedecem muito ao rigor ou à “ditadura” dos cabelos longos e vestidos e saias abaixo dos joelhos. Nessas igrejas mais modernas, a mulher pode usar quaisquer tipos de joias, maquiagem, piercing e até tatuagens.
Nos anos 80, surgiram as lojas especializadas em moda evangélica. Essa indústria cresceu muito em todo o Brasil e tem um grande público, principalmente as mulheres das igrejas mais tradicionais, que buscam roupas finas e caras, de alto padrão, porque elas acham que o requinte e o capricho no modo de se vestir são elementos que também agradam a Deus.
Foto: Flávio Clark/Divulgação