Logo após a criação do Tocantins em 5 de outubro de 1988 entrou em discussão a cidade que seria eleita a capital do novo estado; políticos da várias cidades, como Araguaína, Gurupi, Porto Nacional, Paraíso e outras reivindicaram a escolha da sede administrativa da nova unidade da federação, no entanto, estrategicamente o governador, eleito em 15 de novembro daquele ano, José Wilson Siqueira Campos, escolheu a cidade de Miracema de Goiás, que então, através de lei estadual, mudou sua nomenclatura para Miracema do Tocantins, para ser a sede do governo estadual, porém em caráter provisório.
Logo o então governador anunciou que a provisoriedade de Miracema como capital seria curta, pois ele já tinha decido que, por mais que as justificativas das cidades que pleiteavam a escolha como capital fossem plausíveis, uma nova cidade, construída a partir do zero, num local à margem direita do rio Tocantins seria a capital definitiva do Estado. Nascia Palmas, no coração cearense do governador Siqueira Campos; do coração foi para o papel, para as pranchetas dos arquitetos Walfredo Antunes e Luís Fernando Cruvinel, e a Pedra Fundamental de sua construção foi lançada em 20 de maio de 1989, exatos 227 dias após a criação do Estado.
O anúncio do governador em construir uma nova capital aguçou a curiosidade de pessoas de todos os níveis, de todo o Brasil. Investidores, empreendedores, trabalhadores e aventureiros viram na construção desta nova cidade as mesmas oportunidades que Presidente do Brasil Juscelino Kubitschek de Oliveira concedeu aos brasileiros, no final dos anos 50 e início dos anos 60, de ganhar muito dinheiro, com a construção de Brasil, para ser a capital federal do país. No lançamento da Pedra Fundamental tinha mais de 10 mil pessoas. E a partir daquela data a planície entre o rio Tocantins e a serra do Carmo foi literalmente “invadida” por pessoas e máquinas, e o local se tornou um formigueiro. A Companhia de Desenvolvimento Econômico do Estado do Tocantins (Codetins) era a autarquia responsável pela gestão imobiliária da capital, e os terrenos eram adquiridos através de leilões. Foi nessa época que muitos aproveitaram para adquirir terrenos em quadras, áreas e regiões nobres do Plano Diretor de Palmas. Nessa mesma época houveram muitas invasões, que mais tarde foram urbanizadas e legalizadas.
No meio daquelas pessoas nasceram grandes políticos, empresários e comerciantes, empreendedores, construtores de grandes empreendimentos, profissionais liberais bem sucedidos, pastores de grandes igrejas e um bom número de investidores que investiram na construção de casas para alugar, prédios, pontos e lojas comerciais, e o crescimento econômico de muita gente foi inevitável, formando uma geração de ricos e milionários made in Palmas. Hoje a elite econômica de Palmas, a chamada classe A, é formada, em sua grande maioria, por pessoas emergentes, que chegaram nesta capital nos primeiros anos e décadas, sem nada, ou com pouca condição financeira para investir, mas que inteligentemente aproveitaram as oportunidades que a cidade ofereceu e alcançaram sucesso financeiro.
Classes Sociais
A sociedade é dividida em classes sociais, distintas economicamente. Classe social é um conceito sociológico que remete à divisão de grupos que compartilham dos mesmos interesses e apresentam situação socioeconômica semelhantes. As classes sociais no Brasil assim se representam:
Classe A (acima de 20 salários mínimos);
Classe B (de 10 a 20 salários mínimos);
Classe C (de 4 a 10 salários mínimos);
Classe D (de 2 a 4 salários mínimos);
Classe E (recebe até 2 salários mínimos).
Mas existe ainda a Classe AA, que é formada por megas empresários, banqueiros, multimilionários, os antigos “Reis do do Gado”, “Reis do Café”, que agora podem ser chamados de “Reis do Agronegócio”, “Reis das Empreiteiras”, “Reis da Aviação Civil”, “Reis das Instituições Financeiras”, “Reis da Política”, e muitos outros reis e rainhas. Em Palmas possivelmente ainda não tem nenhum membro do seleto Clube da Categoria Classe AA, embora a cidade seja considerada uma da fábricas de novos milionários do Brasil. (Foto: prefeitura de Palmas)