Morre a tocantinense Ana Braga, ex-deputada estadual em Goiás que ocupou uma das cadeiras do Legislativo entre 1959 e 1963

À frente do seu tempo e visionária, Ana Braga ultrapassou barreiras em sua época. É natural de Peixe - TO. Escritora, geógrafa, historiadora, política, professora, jornalista e mãe de sete filhos.

Primeira mulher eleita vereadora em Goiânia (GO), idealizadora da Academia Tocantinense de Letras, ocupou diversos cargos públicos em Goiás, como secretária da Educação naquele estado, e também no Tocantins, onde foi sub-secretária da Cultura. Amiga do ex-governador Siqueira Campos, fundador do estado do Tocantins.

Morreu na tarde de terça-feira, 20, a ex-deputada estadual Ana Pereira Braga. A política, que além de deputada por Goiás foi também vereadora por Goiânia, faleceu por causas naturais, em sua residência. Além de uma vida política ativa, Ana também atuou, ao longo de sua trajetória, como escritora, historiadora, pedagoga, advogada e jornalista.

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, deputado Bruno Peixoto (UB), externou condolências à família e decretou luto oficial no Poder Legislativo por três dias.

Ocupante de uma das 41 cadeiras do Legislativo goiano entre 1959 e 1963, Braga nasceu em Peixe, à época interior goiano, hoje estado do Tocantins. Seus pais eram Edetina Nunes e Anísio Pereira Braga. Sua inserção na política veio logo após o fim do Estado Novo. Ana Braga participou das eleições municipais de 1946 e venceu como vereadora por Goiânia na 1ª Legislatura da Câmara. Veja o perfil biográfico da ex-deputada. 

A política até então era a mais antiga ex-deputada viva em Goiás. Em entrevista à Agência de Notícias, concedida em meados de 2019, ela falou sobre sua paixão pelo conhecimento, pela cultura e pela política (clique aqui e confira o material produzido pela jornalista Luciana Lima). Memorável articuladora, mulher à frente de seu tempo, Braga era enfática ao resumir sua estima pela arte de fazer política. A parlamentar concedeu, ainda, entrevista à TV Alego, cuja síntese pode ser conferida nesse link.

“Ganhei fama política porque, quando veio a Revolução de 1945 (fim do Estado Novo, de Getúlio Vargas), e o Brasil se redemocratizou, não havia mulheres que quisessem ir para a tribuna. A democracia estava gritando, pelejando, sabe? Mas, que mulher queria subir no palanque, naquele tempo, me diz? Aí sobrou para mim”, relatou, aos risos, em uma de suas últimas entrevistas.

O velório será realizado nesta quarta-feira, a partir das 8 horas, na capela imperial do Cemitério Jardim das Palmeiras. O sepultamento, por sua vez, será após as 13 horas, no cemitério Santana, no Setor Campinas.  O Poder Legislativo estende aos familiares de Ana Braga Pereira suas sinceras condolências.

Com informações da Agência Assembleia de Notícias

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