O amor ainda continua mais ou menos intenso entre os casais, porém muito longe de ser como antigamente, quando se morria um pelo outro, quando se jurava fidelidade e se cumpria o juramento; mas uma pequena chama de amor e paixão permanece acesa nos corações de homens e mulheres, de todas as idades, que investem em relacionamentos afetivos, enfrentando todas as adversidades inerentes à vida a dois, em especial quando se trata de compatibilidades, afinidades, convergências, cumplicidade, companheirismo e finanças.
Com a chegada do Dia dos Namorados, dia 12 de junho (segunda-feira), espera-se que o romantismo ganhe destaque especial nos relacionamentos de solteiros e casados, nas redes sociais, na programação musical das rádios, na troca de presentes, e que as lojas aumentem as vendas de presentes, que as floriculturas fiquem lotadas de clientes e que os carteiros entreguem muitos cartões. Depois do Natal e do Dia das Mães, o Dia dos Namorados é uma excelente data para o comércio varejista, especialmente para lojas de roupas e calçados, perfumarias, joalherias, chocolatarias, floriculturas e restaurantes.
Mas os casais de namorados deste novo tempo estão muito distantes daqueles dos séculos passados. O amor deu uma boa esfriada, as músicas de hoje são mais comerciais e sensualizadas do que românticas, até mesmo a instrumentalização, os arranjos e as interpretações vocais são desprendidos do melodismo aveludado, com sintetizadores, guitarras, violinos, metais e requintes (instrumentos musicais) e vozes chorosas e apaixonantes. Trocaram tudo isso por efemeridade, superficialidade, casualidade, sensualidade e descartabilidade. A grande maioria dos casais já inicia um namoro pensando quando e como será o seu fim. Ao longo do relacionamento, pensam e falam constantemente em separação. Em suas mentes está bem fixada como “Lei do Amor” a frase: “Que seja eterno enquanto dure”.
O perfil do novo homem
O homem deste século, em sua grande maioria, abriu mão de muitos valores, princípios, costumes e cultura, os quais ele achava que o fazia “Homem Alfa” – Homem Alfa é assim: trabalha no leve e no pesado, resolve os problemas dele e da mulher. A voz é firme, não faz sobrancelha. Se a carne do churrasco cai no chão, ele pega e joga na boca. Leva a gata ao cinema, lê histórias e mensagens de amor e grava, mesmo sabendo que ela nem vai ouvir. Leva a mulher a médico, dentista, academia, churrascaria, pizzaria, sorveteria e, principalmente, à igreja (mesmo detestando o pastor ou padre). Ri das histórias e piadas sem graça que ela conta, mesmo quando, no final, caberia a pergunta: “Já pode rir?”
Hoje, o perfil homem romântico, provedor, paternalista, protetor e gentleman não é mais o que a maioria das mulheres busca, e os homens sabem disso. Muitos sentem-se meio desobrigados dos compromissos que tinham com suas namoradas, inclusive na hora de pagar a conta em restaurante ou motel. Os homens atuais conhecem os perfis das mulheres de hoje e sabem que elas estão num nível de conscientização e conhecimento que as coloca em paridade com qualquer homem, e tudo isso com base fundamentada tanto na cultura como nas leis. Agredir mulher, desrespeitá-la, assediá-la e portar-se com ar de superioridade é simplesmente comprar ingresso para o clube dos solitários ou ter sérios problemas com a Justiça. Inteligência emocional e afetiva é o que todo homem desta geração precisa para conquistar uma boa mulher, ser feliz com ela e fazê-la feliz.
O perfil da nova mulher
Desde os anos 30, as mulheres vêm desenhando o mapa do caminho do seu futuro. Errando e acertando, elas chegaram até aqui, com ganhos e perdas consideráveis, que, colocados na balança, resultam num peso incomparavelmente maior para os ganhos, em relação às perdas. Uma parte significativa das mulheres do século XXI tem boa qualificação profissional e renda digna; elas são portadoras de diplomas de algum curso superior ou estão cursando alguma faculdade; grande parte delas tem seu emprego, seus cartões de crédito, seu carro, sua casa ou seu apartamento, enfim, sua estabilidade financeira e sua independência; as mulheres já não dependem de homem para sobreviver. Elas sentem que precisam de homens, mas não para sustentá-las; procuram companheiros para, juntos, buscarem a felicidade que a união entre os sexos masculino e feminino proporciona.
Novos formatos, modelos e composições de namorados
No universo sentimental entre pessoas, novos formatos, modelos e composições de namorados são hoje considerados normais em muitos grupos. A tradição de casais de namorados formados por homem e mulher, embora seja a esmagadora maioria, agora divide espaço com outros tipos de relacionamento, como casais de namorados do mesmo sexo, amor a três e outros modelos.
Foto: Kenanie Raidem
